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18/01/2021 às 18h30min - Atualizada em 18/01/2021 às 18h30min

Após 22 meses parado por graves acidentes, Boeing 737 MAX está autorizado a voar no Canadá

As quedas dos dois voos aconteceram minutos após a decolagem

Beatriz Kina
Foto: Divulgação
 
Após quase dois anos parado, o 737 Max da Boeing foi aprovado pelo governo do Canadá e deve voltar aos ares nesta quarta-feira (20). Os dois acidentes mataram mais de 300 pessoas. 

A Transport Canada emitiu uma Diretriz de Aeronavegabilidade que descreve as modificações necessárias a serem feitas na aeronave antes de seu retorno ao serviço no espaço aéreo canadense. Isso conclui a revisão da aeronave pelo departamento.

Uma Ordem Provisória foi emitida com as expectativas e requisitos da Transport Canada para treinamento adicional para membros da tripulação. Segundo o departamento, foram gastas mais de 15.000 horas de revisão da aeronave. 

“Os canadenses e o setor de aviação podem ter certeza de que a Transport Canada tratou diligentemente de todas as questões de segurança antes de permitir que esta aeronave retorne ao serviço no espaço aéreo canadense”, garantiu Omar Alghabra, Ministro dos Transportes.

Ainda assim, o público está hesitante quanto ao pleno funcionamento da aeronave. Nas redes sociais, críticas foram feitas. 

“O público precisa de garantia total”, disse um usuário chamado Jeffrey S Rafuse.

“Nem UMA VEZ neste artigo diz O QUE foi feito, apenas que "isso" foi feito.#noto737max”, comentou outro usuário. 

No dia 29 de outubro de 2018, um Boeing 737 MAX8 da Lion Air, caiu minutos após a decolagem em Jacarta (Indonésia). O acidente deixou 189 mortes. O segundo acidente aconteceu em 10 de março de 2019. Um Boeing 737 MAX no voo 302 da Ethiopian Airline caiu seis minutos depois de decolar próximo à cidade de Bishoftu, ainda na Etiópia. Havia 157 pessoas dentro da aeronave, todas elas morreram. 

"O público confiou neste avião e nos falhou repetidamente. Como você pode confiar quando todas as promessas que eles fizeram foram repetidamente quebradas?”, disse Clariss Moore, que perdeu sua filha Danielle no acidente da Ethiopian Airline. "Não confio neste avião e nunca confiarei." 

Dentre os 346 mortos nos voos, 18 eram cidadãos canadenses.

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