Alguns “sortudos” puderam contemplar um espetacular eclipse lunar, durante o qual o satélite natural da Terra ficou vermelho por alguns minutos durante a noite de domingo para segunda-feira(16).
O raro espetáculo celeste permitia contemplar o satélite natural noturno perdendo seu brilho e gradualmente ficando vermelho.
O eclipse foi visível inteiramente na América do Sul, América Central e na parte leste da América do Norte.
Esse fenômeno ocorre cerca de duas vezes por ano, quando o Sol, a Terra e a Lua estão perfeitamente alinhados, e a Lua está em sua fase cheia.
A lua desliza para a sombra da Terra perdendo seu resplendor branco, mas ainda sendo iluminada pelo reflexo solar em nosso planeta.
Mas nem por isso se apaga: a Terra continua a devolver à Lua a luz do Sol, através de raios que adquirem uma tonalidade vermelha por um processo de "refracção da atmosfera", explica Florent Deleflie, do Observatório de Paris.
“Durante um eclipse, apenas a Terra pode iluminar a Lua por meio dessa reemissão de raios vermelhos”, continua o astrônomo.
“É muito intrigante ver a lua branca e brilhante assumir uma tonalidade vermelha e extinta ao longo dos minutos”, acrescenta. Visível com binóculos e a olho nu, o fenômeno pode dar "fotos espetaculares" se as condições climáticas forem boas.
Os eclipses lunares mostraram que a Terra era redonda "desde a antiguidade", sublinha o astrônomo. “Na superfície do disco lunar, o limite entre a sombra e a parte iluminada pelo Sol é ligeiramente curvo: esta é a projeção da redondeza da Terra”.