Dois objetos voadores abatidos sobre Yukon e perto de Ontário: o que sabemos sobre as buscas

O primeiro objeto foi derrubado sobre o centro de Yukon no último 11; o segundo foi derrubado um dia depois sobre o Lago Huron, que fica entre Michigan e Ontário

Marinha dos EUA via AP/The Canadian Press

 

Esforços de recuperação estão em andamento no Yukon e Ontário para detritos de dois objetos não identificados que foram abatidos por caças americanos, no sábado e domingo.

Descrito como 'cilíndrico', o primeiro objeto foi abatido sobre o centro de Yukon em 11 de fevereiro.

Supostamente 'octogonal', o segundo foi derrubado em 12 de fevereiro sobre o Lago Huron, que fica entre Michigan e Ontário.

Eles se juntam a outro objeto misterioso, bem como a um balão de vigilância chinês muito maior que foi abatido sobre os EUA em 10 e 4 de fevereiro, respectivamente. Poucos detalhes surgiram sobre os três objetos menores.

"Eles não podem dizer com certeza se são chineses, não sabemos ao certo se são balões ou outro tipo de objeto, então há muito mistério em torno disso agora", disse Vincent Rigby, ex-segurança nacional e consultor de inteligência do primeiro-ministro Justin Trudeau, ao Power Play da CTV com Vassy Kapelos nessa segunda-feira.

"Até que eles obtenham essas informações e vejam os destroços, será muito, muito difícil juntar as peças", completou.

No Canadá, os esforços de recuperação estão sendo coordenados pela Public Safety Canada e liderados pela Real Polícia Montada do Canadá, com assistência das Forças Armadas do Canadá no Yukon e da Guarda Costeira do Canadá em Ontário. Norad, a Guarda Costeira dos EUA, o FBI, os militares dos EUA e outros também estão participando do trabalho.

"Desenvolvemos recursos significativos aqui para poder recuperar o objeto, bem como compromissos diplomáticos e internacionais para encontrar mais informações e obter soluções sobre isso", disse Trudeau do Yukon nessa segunda-feira.

Várias aeronaves da Royal Canadian Air Force estão envolvidas na operação de Yukon. Apoio adicional está sendo fornecido pelo pessoal das Forças Armadas do Canadá sob a liderança do Comando das Forças de Operações Especiais.

“Os destroços estão em um local remoto a nordeste de Dawson City, em um terreno alpino complexo que é propenso a condições climáticas desafiadoras do norte”, disse a ministra da Defesa canadense, Anita Anand, em um tweet.

Detalhes adicionais sobre as buscas foram fornecidos durante uma reunião técnica na segunda-feira.

Sean McGillis, vice-comissário interino do programa de policiamento federal da RCMP, descreveu os desafios enfrentados por oficiais e militares no noroeste do Canadá e admitiu a possibilidade de não encontrar nada no Yukon.

"Estamos explorando uma área muito grande", disse McGillis a repórteres nessa segunda-feira. "Infelizmente, é um terreno muito acidentado e montanhoso. As condições climáticas não são boas. Há um nível muito alto de acúmulo de neve na região. Então, nossos esforços serão difíceis. Será desafiador. Levará algum tempo".

Analista militar da CTV e major-general canadense aposentado, David Fraser, acredita que é essencial que o Canadá e os EUA encontrem detritos.

"Nos últimos três dias, eles foram identificados como objetos, nem mesmo balões, então realmente precisamos recuperar o que quer que esteja no chão agora desses três incidentes para descobrir o que realmente aconteceu e agora para explicar isso para os cidadãos do que está acontecendo", disse Fraser ao CTV News Channel nessa segunda-feira.

"Assim que os obtiverem, eles serão capazes de determinar rapidamente o que havia nesses objetos, se eles eram uma ameaça e, o mais importante, quem os enviou e, em seguida, começar a determinar a intenção por trás deles. Mas, antes de tudo, nós temos que encontrá-los", finalizou Fraser.