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25/02/2021 às 15h47min - Atualizada em 25/02/2021 às 15h47min

Doença da urina preta chama atenção sobre alimentos contaminados em período de Páscoa

Luana Saturnino
Com informações de G1 e Diário de Pernambuco
Foto: Brian Gratwicke


Popularmente conhecida como doença da urina preta, a síndrome de Haff tem como sintoma mais bizarro a urina escura como cafe. Essa doença considerada rara está chamando atenção no Brasil. Em Recife, Pernambuco, cinco casos suspeitos da síndrome estão trazendo o debate sobre alimentos contaminados. 

 

Acontece que a principal origem desse mal é o consumo de alimentos, sobretudo frutos do mar, infectados. No litoral pernambucano, duas irmãs que se alimentaram do peixe arabaiana (também chamado como “olho-de-boi” em alguns lugares) comprado no bairro do Pina e preparado em casa. Quatro horas depois do almoço as irmãs apresentaram sintomas e foram hospitalizadas. Uma das pacientes está com o fígado comprometido, insuficiência renal e líquido pulmonar.

 

Essa espécie de peixe pode carregar a toxina responsável pela síndrome, assim como outros peixes de água doce e crustáceos. A Síndrome de Haff tem entre outros efeitos falha renal, falha múltipla dos órgãos, necrose e pode levar ao óbito se não tratada com rapidez. Vermelhidão na pele, falta de ar e dormência são outros sintomas comuns. O infectologista Gabriel Serrano explica em entrevista ao Diário de Pernambuco que o quadro de mialgia aguda pode degradar os músculos.  “O problema evolui de forma rápida, com os primeiros sintomas surgindo entre duas a 24 horas após o consumo. Apesar de contaminados, os alimentos não sinalizam nenhuma modificação na aparência ou no sabor, algo que dificulta a identificação”, explica o médico ao jornal brasileiro.

 

O acontecido serve de alerta para a população brasileira, sobretudo aqueles que comemoram o período da Quaresma, onde o consumo de frutos do mar é priorizado na alimentação até a Páscoa. Em entrevista ao portal de notícias G1, Betânia Andrade falou sobre a situação das filhas internadas e pede que a população fique alerta. “Essa é uma síndrome pouco conhecida, inclusive nos hospitais, é uma raridade. A fiscalização tem que bater em cima (...). A população precisa ficar ciente que pode haver uma infecção”, declara.

 

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