Ex-presidente Donald Trump e o presidente Joe Biden. Fotos: Getty Images e AP
Com as prévias eleitorais da terça-feira (12), Joe Biden e Donald Trump conseguiram a confirmação matemática de suas candidaturas para a Presidência dos Estados Unidos, ou seja, o número necessário de delegados de cada partido para serem considerados candidatos.
Mas desde que Nikki Haley, do partido Republicano, abandonou a disputa, depois da Superterça, o ex-presidente não tinha rivais dentro de seu partido.
A desistência de Haley fez com que os republicanos, na prática, tenham escolhido o candidato à Presidência 244 dias antes da eleição, que acontece em 5 de novembro, uma escolha que costuma levar mais tempo.
Um levantamento feito pelo Pew Research Center mostra que, desde os anos 1970, a definição do candidato republicano costuma acontecer mais perto da eleição.
Apenas George Bush, em 2000, e John McCain, em 2008, foram escolhidos com quase a mesma antecedência que Trump: 243 e 245 dias antes do dia da votação, respectivamente.
Do outro lado, Biden já tinha anunciado que tentaria a reeleição. Assim, 2024 se tornou o ano com uma das temporadas pré-eleitorais mais curtas da história dos Estados Unidos.
Isso representa uma vitória para Donald Trump, já que o ex-presidente conseguiu desbancar outros pré-candidatos tão cedo.
Mas essa vitória está longe de significar que o caminho do republicano até novembro será fácil. Os eleitores fiéis de Trump foram capazes de carregá-lo com força nas prévias, mas para derrotar Biden e chegar à Casa Branca mais uma vez ele pode precisar de mais que o trumpismo.