“Tiro na cabeça”: Federais revelam plano de ataque contra Alexandre de Moraes

A Polícia Federal (PF) identificou uma conversa entre investigados no caso da “Abin paralela”, revelando um possível plano de ataque contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal; as mensagens trocadas em agosto de 2021 expõem uma discussão sobre ações violentas contra o magistrado

Imagem ilustrativa mostra Moraes fazendo gesto associado à degola em sessão que julgava lives de Bolsonaro no TSE | Reprodução/TSE

 

A Polícia Federal (PF) identificou uma conversa entre investigados no caso da “Abin paralela”, revelando um possível plano de ataque contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As mensagens trocadas em agosto de 2021 expõem uma discussão sobre ações violentas contra o magistrado.

Segundo o relatório da PF, um dos investigados, identificado como policial, iniciou a conversa afirmando que o “careca” – referindo-se ao ministro Moraes – estava “merecendo algo a mais”. Em resposta, um militar do Exército mencionou “7.62”, fazendo alusão ao calibre de uma munição de alta potência.

A seguir, um dos envolvidos usou o termo “headshot”, que significa “tiro na cabeça” em inglês. Esta expressão é comumente utilizada em jogos de tiro, mas no contexto da investigação, ganha contornos de uma ameaça real à vida do ministro.

A revelação deste diálogo levanta questões sobre a segurança dos membros do Judiciário e a existência de grupos organizados com intenções de desestabilizar as instituições democráticas.

As autoridades responsáveis pela investigação do caso da “Abin paralela” agora enfrentam o desafio de determinar se estas ameaças faziam parte de um plano concreto ou se eram apenas bravatas.

Independentemente da intenção, a seriedade com que tais declarações são tratadas reflete a tensão atual no cenário político e judicial brasileiro.

O ministro Alexandre de Moraes tem sido alvo frequente de críticas e ameaças por parte de grupos extremistas.