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01/09/2021 às 09h50min - Atualizada em 01/09/2021 às 09h50min

Ivermectina - um vermífugo de cavalo - não trata COVID-19

Autoridades de saúde do Canadá apontam os problemas de utilizar o medicamento

Redação North News
680 News
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As autoridades de saúde federais estão recomendando aos canadenses que não comprem ou usem ivermectina veterinária - um tratamento anti-vermes para animais - para prevenir ou tratar COVID-19.

 

O alerta da Health Canada, emitido na terça-feira (31), aponta “relatos preocupantes” de que as pessoas estão comprando este medicamento devido a “alegações falsas e enganosas” de que ele pode afastar o vírus.

 

“Os canadenses nunca devem consumir produtos de saúde destinados a animais por causa dos potenciais perigos graves para a saúde que representam”, diz o aviso.

 

“A versão veterinária da ivermectina, especialmente em altas doses, pode ser perigosa para humanos e pode causar sérios problemas de saúde como vômitos, diarréia, pressão arterial baixa, reações alérgicas, tonturas, convulsões, coma e até morte. Os produtos de ivermectina para animais têm uma dose concentrada mais alta do que os produtos de ivermectina para pessoas. O departamento está ciente de vários relatórios de pacientes nos EUA que solicitaram suporte médico e foram hospitalizados após o uso de ivermectina destinada a cavalos.”

 

Embora exista uma versão da ivermectina que pode ser usada em humanos, ela só é autorizada para o “tratamento de infecções por vermes parasitas” quando prescrita por um médico.

 

O departamento também observa que não há ensaio clínico aprovado para testar o uso deste medicamento desta forma. A agência de saúde diz que qualquer pessoa que comprou ivermectina com planos de usá-la na tentativa de prevenir ou tratar COVID-19 deve descartá-la imediatamente.

 

O aviso vem uma semana depois de uma declaração semelhante da Food and Drug Administration dos EUA.

 

“Há muita desinformação por aí, e você deve ter ouvido que não há problema em tomar grandes doses de ivermectina. Isso está errado."


Co-autora: Amanda Rodrigues Leal


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