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O cerco está se fechando. Os manifestantes do ‘Comboio da Liberdade’ estão cada dia mais audazes em busca dos seus ideais. Agora, novos caminhoneiros fecharam a Ambassador Bridge, ponte que liga Detroit, Michigan a Windsor, Ontário. Ela é a maior ponte transfronteiriça entre Canadá e Estados Unidos. Todos os dias, 3 milhões de dólares passam pela ponte em alimentos, peças para automóveis e produtos para abastecer empresas, o que equivale a 25% das exportações entre os dois países. Com o bloqueio, os fornecedores de suprimentos da cidade estão precisando contornar o estado. O percurso que demorava apenas 24 horas, agora está demorando quase uma semana. “Os motoristas estão virando reféns. Isso prolonga seu dia de trabalho em até uma semana”, lamentou o proprietário de uma frota de caminhões que preferiu não revelar o nome, com medo de represálias. Na Association du Camionnage du Québec (ACQ), o preço das viagens começou a aumentar em até 10%, devido a bloqueios pelo país. O setor agroalimentício é o maior prejudicado, pois os fechamentos de pontes e pistas acarretam em desvios, aumento de pagamentos e no fim, desemprego. Quebec tem sofrido com a diminuição no recebimento no setor automotivo, que diminuiu a produção nos últimos dias.
TEMPOS ESCUROS, REFLEXO NO QUEBEC
O vice-presidente de inovação e assuntos econômicos do Conseil de la Transformation Alimentaire du Quebec (CTAQ), Dimitri Fraeys, disse que há problemas na exportação de material para a província. “Foi dito recentemente que as transportadoras americanas tem apenas 40 motoristas vacinados, dos 250. Os outros, não podem cruzar o país porque não tem o passaporte vacinal completo e precisam ficar esperando na fronteira”. A frase foi um ataque ao CEO da TF1 International que disse à imprensa que dos seus 14.000 caminhoneiros, poucos não tinham completado o ciclo vacinal.