O Primeiro-Ministro Justin Trudeau foi à Câmara dos Comuns, na quarta-feira, para discursar para seus defensores e opositores. O motivo era explicar o uso precoce da Lei de Medidas de Emergência, nunca antes proferida pelo governo.
O liberal explicou que a medida só foi utilizada porque os atos do Comboio da Liberdade precisavam ser contidos. O movimento, que pede o fim das medidas sanitárias, chegou a bloquear a Ambassador Bridge, causar transtornos em Ottawa e, de acordo com autoridades, estava formando um armazém com pistolas, fuzis e facas.
“Fizemos isso porque é o que os líderes responsáveis fazem para o bem de todos os canadenses. Bloqueios e ocupações ilegais devem parar e as fronteiras devem permanecer abertas”, disse Trudeau.
Mas a lei foi acionada no momento que os ânimos estavam se acalmando, como a reabertura da Ambassador Bridge, a dispersão de ocupações ilegais em Windsor e os problemas na fronteira de Coutts resolvidos.
“Não é algo que fazemos tranquilamente. Esta não é a primeira, a segunda e nem a terceira opção. É apenas a última solução”.
Quem não gostou muito desta “opção” foi o Partido Conservador e o Bloc Quebecois. Ambos acreditavam que as forças policiais de cada província teriam recursos suficientes para conter os manifestantes. E Trudeau, para acalmar os ânimos, disse:
“O governo federal invocou a Lei de Medidas de Emergência para proteger famílias, pequenas empresas, empregos e a economia. Fizemos isso poeque a situação não pôde ser resolvida por nenhuma outra lei no Canadá”.
O Comboio da Liberdade continua seu protesto pelas províncias do Canadá. Com cada vez mais força, os manifestantes tem se unido a opositores do governo, que pedem a renúncia do Primeiro-Ministro.