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10/03/2022 às 13h22min - Atualizada em 10/03/2022 às 13h22min

Americano que recebeu coração de porco morre 2 meses após transplante

David Bennett havia passado por uma cirurgia de transplante nos Estados Unidos, em 7 de janeiro de 2022

Co - autora: Isabela Peixer
CNN
Foto: University of Maryland School of Medicine

O paciente de 57 anos, com doença cardíaca terminal que fez história como a primeira pessoa a receber um coração de porco geneticamente modificado, faleceu na  terça-feira (8), no Centro Médico da Universidade de Maryland, segundo o hospital. As informações são da Reuters.

David Bennett havia passado por uma cirurgia de transplante nos Estados Unidos. Ele recebeu coração de porco geneticamente modificado, em 7 de janeiro de 2022.

Seu estado clínico começou a piora há vários dias, de acordo com o hospital, em comunicado emitido nesta quarta-feira (9). A nota dizia que Bennett recebeu “cuidados paliativos compassivos” depois que houve entendimento que seuquadro era irreversível.
O hospital também informou que antes de consentir em receber o transplante, “Bennett foi totalmente informado dos riscos do procedimento, e que o processo era experimental com riscos e benefícios desconhecidos”, disse o hospital.


Segundo informações do hospital, o paciente conseguiu se comunicar com a  família horas antes de morrer.


Relembre o caso

Na época, a  Food and Drug Administration dos EUA, órgão similar à Anvisa, concedeu autorização de emergência para a cirurgia em 31 de dezembro de 2021.

Bennett tinha uma doença cardíaca terminal, e o órgão do animal era “a única opção disponível atualmente”, de acordo com o comunicado emitido.

Ele foi considerado inelegível para um transplante de coração convencional ou uma bomba de coração artificial após revisões de seus registros médicos.

“Era morrer ou fazer esse transplante. Eu quero viver. Eu sei que é um tiro no escuro, mas é minha última escolha”, disse Bennett antes da cirurgia, em 7 de janeiro.

Após a cirurgia, o transplante de órgão havia demonstrado, pela primeira vez, que um coração de animal geneticamente modificado pode funcionar como um coração humano sem rejeição imediata pelo corpo.

Depois que Bennett foi transplantado, seu filho chamou o procedimento de “milagre”.


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