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06/05/2022 às 10h25min - Atualizada em 06/05/2022 às 10h25min

Preço dos grãos deve disparar

Alta no petróleo e baixa na produção ucraniana vai afetar bolso do consumidor

Leandro Mendonça
AFP


Grandes potências agrícolas, incluindo a União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Austrália, prometeram nesta sexta-feira (06) garantir a segurança alimentar mundial, apesar dos choques da invasão da Ucrânia pela Rússia.
 
"Estamos comprometidos em trabalhar juntos para garantir que haja comida suficiente para todos, incluindo os mais pobres, mais vulneráveis e deslocados", escreveram esses 51 membros da Organização Mundial do Comércio em um comunicado conjunto.
 
Também prometem manter os mercados agrícolas e alimentares “abertos e com transparência, não impondo medidas restritivas e comerciais injustificadas” sobre produtos agroalimentares ou produtos-chave para a produção agrícola, como fertilizantes e adubo.
 
Os membros signatários – dos quais estão ausentes grandes produtores como Argentina e Brasil – também ressaltam que as medidas emergenciais adotadas para lidar com a situação devem causar o mínimo de distorção nos preços.

 
 

A guerra feta aos mais pobres

 
A Rússia e a Ucrânia são dois grandes exportadores de trigo, milho e óleo de girassol. A Rússia também é o maior fornecedor mundial de fertilizantes e gás.
 
uitos países - especialmente no continente africano - dependem das entregas da Ucrânia, que antes da guerra exportava por via marítima 4,5 milhões de toneladas de produção agrícola por mês - ou seja, 12% do trigo, 15% do milho e 50% do óleo de girassol em todo o mundo ( é o maior produtor mundial).
 
Juntos, Rússia e Ucrânia respondem por 30% do comércio mundial de trigo.
 
Os portos ucranianos do Mar Negro estão bloqueados e fizeram com que os preços de todas as oleaginosas subissem: em dois meses, o girassol e a colza tiveram uma alta de 40% no mercado europeu. 
 
“A guerra na Ucrânia terá um impacto terrível em milhões de pessoas que passam fome em todo o mundo. Isso significará uma explosão nos preços dos alimentos, combustíveis, transportes, mas também menos alimentos para quem tem fome e haverá ainda mais pessoas a sofrer de fome”, explicou ao Conselho de Segurança, o diretor executivo do Programa Alimentar Mundial. (PAM), David Beasley.
 
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