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07/11/2022 às 12h14min - Atualizada em 07/11/2022 às 12h14min

Intervenção Militar e Greve da Indústria é o novo pedido da população

Greve de caminhoneiros perde força, mas manifestantes se amontoam em frente a quarteis

Em protesto há mais de uma semana, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) convocaram por meio do WhatsApp uma "greve geral" para esta segunda-feira (7). Os golpistas pedem a adesão de empresários, mas não conseguem angariar apoio de diversos setores, como o dos caminhoneiros, por exemplo:



Segundo as mensagens, a organização estaria sendo feita pelo MNRC (Movimento Nacional de Resistência Civil), grupo que pede a impugnação das eleições e a destituição de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
 

"Feche sua empresa, indústria, fábrica e comércio e vamos lutar contra a instalação do comunismo", diz disparo enviado na última semana.

Em vídeo, Wallace Landim, o "Chorão", uma das principais figuras da greve de caminhoneiros de 2018, diz que alguns integrantes da categoria estão sendo usados como "massa de manobra" nos protestos. 

"Um grupo intervencionista está trabalhando contra a democracia desse país. O primeiro passo é reconhecer o que deu na urna", diz Chorão, em referência aos bolsonaristas que contestam o resultado do último domingo (30). 

"Caminhoneiros que estão parados ali, muitos querem trabalhar. Tá parado porque está sendo obrigado", afirma, reformando: "Não são os caminhoneiros que estão fazendo atos antidemocráticos pelo país."

Entidades empresariais também repudiam a convocação para parar a Economia do país por motivação eleitoral.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e diversas câmaras regionais reiteraram sua posição de repúdio a toda e qualquer prática, por quem quer que seja, de assédio eleitoral, seja por entidades laborais, patronais, empresas ou mesmo por trabalhadores.

A CNI (confederação Nacional da Indústria) afirmou repudiar os protestos.

A estratégia dos grupos bolsonaristas agora está em se concentrar na frente dos comandos dos Exércitos pedindo "intervenção federal" e "intervenção militar", o que é inconstitucional.


 
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