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08/12/2022 às 21h43min - Atualizada em 08/12/2022 às 21h43min

Serial killer em Winnipeg: corpos podem estar em aterro sanitário

Polícia, no entanto, ainda estuda como e se vai realizar buscas; decisão gerou revolta e críticas

Júnior Mendonça
com informações do CTV News
Jamie Dowsett/CTV News Winnipeg
 
As autoridades interromperam as atividades de um aterro sanitário de Winnipeg, onde a polícia acredita que estejam os restos mortais de duas vítimas de um suposto serial killer.

O Prairie Green Landfill interromperá as operações a pedido da província, que investiga a morte de quatro mulheres indígenas. Segundo a polícia de Winnipeg, as vítimas são Morgan Beatrice Harris, de 39 anos, e Marcedes Myran, de 26.

A primeira-ministra, Heather Stefanson, disse que o aterro não aceitará mais nada enquanto as autoridades trabalham para descobrir os próximos passos da investigação, com a cooperação dos responsáveis pelo aterro.

O SUSPEITO
De acordo com a polícia, o suspeito é Jeremy Anthony Michael Skibicki e a série de crimes teria ocorrido entre março e maio passados.

Ele é acusado de matar quatro mulheres indígenas: Harris, Myran, Rebecca Contois e uma mulher não identificada que os líderes indígenas chamam de Buffalo Woman.

BUSCA INVIÁVEL
Segundo o chefe da polícia de Winnipeg, Danny Smyth, há várias razões pelas quais a busca não seria viável.

Entre elas estariam a passagem do tempo, o fato de que 10.000 caminhões de lixo foram despejados na área nos meses seguintes aos crimes e que o lixo no aterro é compactado com lama pesada a cerca de 12 metros de profundidade.

“Não queremos pressupor o que pode ser e o que resultará disso. Acho muito importante que, no momento, façamos essa pausa e façamos isso direito”, afirmou a primeira-ministra Heather Stefanson.

A decisão foi fortemente criticada por defensores das Primeiras Nações, comunidades e familiares das vítimas, que chegaram a pedir a renúncia de Smyth durante uma coletiva

"A mensagem que você está enviando para a comunidade maior é que os indígenas não importam. Que se alguém quiser machucar nossas mulheres, pode jogá-las no aterro e ninguém vai procurá-las", afirmou Kyra Wilson, da Long Plain First Nation.

"Estamos todos tentando chegar a um acordo razoável, mas ainda não recebemos palavras de reconhecimento, resposta ou acordos. Você não apenas se recusou a vasculhar esses aterros sanitários, como também não apresentou rotas alternativas de como podemos dar paz a essas mulheres", disse Kera Harris, filha de Morgan Harris.

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