O departamento de transporte do Canadá soube do suposto balão espião chinês dois dias antes de se tornar manchete.
A informação foi confirmada, nessa quinta-feira (2), por um porta-voz da Transport Canada ao CTVNews.ca.
“Em 31 de janeiro de 2023, a Transport Canada tomou conhecimento da possível presença de um balão de alta altitude sobre o oeste do Canadá”, disse o porta-voz.
No mesmo dia, um voo da Air Canada, de Vancouver para Winnipeg, supostamente encontrou "um grande balão a cerca de 4.000 pés acima deles com algo pendurado nele" enquanto sobrevoava o sudeste da Colúmbia Britânica. O balão havia cruzado Idaho no mesmo dia.
"A Transport Canada instruiu a corporação privada sem fins lucrativos responsável pelos serviços de navegação aérea civil no Canadá, a emitir um aviso aos aviadores que identificou o perigo, o espaço aéreo afetado e aconselhou a aeronave a ter cautela", explicou o porta-voz da Transport Canada.
O balão ganhou as manchetes internacionais dois dias depois, em 2 de fevereiro, quando sobrevoou Montana, lar de um dos três silos de mísseis nucleares dos Estados Unidos, depois que autoridades de defesa dos EUA e do Canadá reconheceram sua existência.
De acordo com um relatório de incidentes de aviação online da Transport Canada, o pessoal de defesa foi notificado após o avistamento da Air Canada em 31 de janeiro. A Transport Canada adverte rotineiramente que tais "relatórios contêm dados preliminares não confirmados que podem estar sujeitos a alterações".
Com 60 metros de altura, manobrável e com uma carga útil do tamanho de um avião a jato, o suposto balão espião chinês atravessou a América do Norte antes que um caça americano o derrubasse sobre o Oceano Atlântico em 4 de fevereiro.
A China negou que o balão estivesse coletando informações.