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31/03/2023 às 11h21min - Atualizada em 31/03/2023 às 11h21min

Homem que matou jovem brasileiro foi solto dia 10 de março em liberdade condicional após agressão sexual

Assassino de Gabriel Magalhães tem uma longa ficha criminal, com roubos, ameaças e assaltos com arma de fogo, entre outros, mostram documentos judiciais obtidos pela imprensa

Júnior Mendonça
com informações CTV News Toronto
Reprodução | CTV News Toronto/Facebook
 
O homem que esfaqueou e matou o jovem brasileiro Gabriel Magalhães, na Estação Keele, no metrô de Toronto, havia sido colocado em liberdade condicional no último dia 10 de março em uma acusação de agressão sexual.

Isso foi apenas duas semanas antes do esfaqueamento fatal, que aconteceu na noite do último sábado, dia 25.

De acordo com documentos judiciais obtidos pela CTV News Toronto, o assassino Jordan O'Brien-Tobin tem diversas acusações criminais apresentadas contra ele durante seus 22 anos de vida.

Roubos, ameaças, assaltos com arma de fogo e descumprimento contínuo de ordens de liberdade condicional são apenas algumas das interações que ele teve com o sistema de justiça criminal desde que atingiu a maioridade.

O ataque de sábado está sendo chamando pela polícia de 'não provocado', isso porque o adolescente estava sentado em um banco na estação, quando o agressor, sem endereço fixo, o atingiu com golpes de faca. O'Brien-Tobin foi posteriormente preso e acusado de homicídio em primeiro grau.

Apenas algumas semanas antes, em 10 de março, um juiz de Ontário condenou O'Brien-Tobin a uma ordem de liberdade condicional de dois anos por uma agressão sexual ocorrida em outubro de 2021 e por não cumprir uma ordem de soltura em abril de 2022.

O'Brien-Tobin também foi acusado de dano por danificar uma tornozeleira eletrônica e agredir um policial em outubro de 2021. Alguns meses depois, em maio, ele foi acusado de agressão sexual, agressão, roubo e ameaças de morte.

Menos de um ano depois, o acusado foi condenado a 36 dias em uma prisão de Toronto, combinado com 12 meses de liberdade condicional após sua libertação por agressão e proferindo ameaças de causar danos corporais. Em setembro daquele ano, ele foi condenado a mais 30 dias de prisão.

O assassino de 22 anos esteve envolvido em mais de 20 casos criminais em apenas um tribunal de Toronto, além de ter sido ordenado a ficar longe de uma dúzia de empresas e um punhado de pessoas.

História criminal também fora de Ontário
Por quase dois anos, um mandado foi emitido em um tribunal de Newfoundland depois que ele supostamente quebrou uma ordem de liberdade condicional em conexão com uma série de acusações feitas contra ele em 2020.

As condições de sua ordem de liberdade condicional mais recente incluíam aconselhamento para abuso de substâncias e limites sexuais, além de proibir o contato com a vítima de agressão sexual e a posse de qualquer arma.

Os documentos do tribunal não abordaram a justificativa do juiz para assinar a última ordem de liberdade condicional, dado o histórico de descumprimento do acusado.

Homenagem
Na noite dessa quinta-feira, uma caminhada à luz de velas foi realizada em homenagem à vida de Gabriel Magalhães, que tinha 16 anos, no bairro da zona oeste onde ele cresceu.

Organizado por alguns dos ex-colegas de classe de Magalhães na Keele Street Public School, o encontro teve início nos portões da Bloor Street do High Park e seguiu até a Keele Station.

"Nenhuma mãe deveria ter que enterrar seu filho"
Uma campanha no GoFundMe, lançada por amigos da mãe de Gabriel Magalhães, Andrea, conclama todos a ajudarem a família "com os custos e encargos desta tragédia sem sentido".

"Nenhuma mãe deveria ter que enterrar seu filho. Infelizmente para nossa amiga e colega Andrea Magalhães, esse pesadelo se tornou sua realidade".

Em uma atualização na página da campanha, Andrea Magalhães agradece o apoio de todos.

"Estou com o coração partido, despedaçada, nem me sinto viva. Obrigado a todos por tudo. Não tenho palavras".

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