21/09/2023 às 10h57min - Atualizada em 21/09/2023 às 10h57min
Vereador de Toronto propõe ‘plano diretor’ de parques para cães sem coleira; saiba mais
Residentes do centro da cidade concordam com a necessidade de mais espaços dedicados para cães sem coleira; "A cidade precisa padronizar os parques, precisa observar onde os cães estão e garantir que haja muitos parques", afirmou um deles
Toronto em atualmente 75 áreas para cães circularem sem coleira, mas um vereador acha que para uma cidade com quase 300.000 cães isso não é suficiente.
O vereador do Distrito 13 - Toronto Centre, Chris Moise, diz que também está procurando mudar a forma como a cidade aborda a questão.
"Atualmente, quando criamos um parque para cães, é com consulta ao conselheiro local e à comunidade. Mas é uma maneira aleatória de fazer as coisas, o que não acho que seja bom para nossa cidade de três milhões de habitantes", diz ele.
Ele acha que a cidade precisa de um ‘plano diretor’ para parques para cães sem coleira, supervisionado pela equipe da cidade. O objetivo é não apenas dar 'uma olhada' na viabilidade de incluir áreas sem coleira nos parques atuais, mas também incluí-las nos futuros.
"Tirar a abordagem aleatória das mãos do conselheiro e colocá-la nas mãos da equipe, que é realmente especialista em seu campo e tem uma compreensão dos problemas mais amplos e abrangentes da cidade que estamos enfrentando em relação aos parques para cães sem coleira", diz Moise.
Entre esses problemas mais amplos está a distribuição de áreas sem coleira pela cidade, especialmente no centro.
"Há alguns bairros que não têm parques para cães[, como Etobicoke, Scarborough]. Mas, dito isso, eles têm muito espaço verde. Mas no centro da cidade, não temos muito espaço verde", explicou Moise.
"Por isso, temos pessoas passeando com seus cachorros nos pátios das escolas ou em outros lugares inadequados, porque não há lugar para eles passearem com seus cachorros".
Residentes do centro da cidade ouvidos pelo CityNews concordam com a necessidade de mais espaços dedicados para cães sem coleira.
"Acho que deveria haver muito mais - há tantos cães em todos os momentos", diz um morador. "Onde eu moro, que fica na Queen Street e na Dovercourt Road, estamos fazendo campanha por um parque sem coleira desde 2018", acrescenta outro.
"A cidade precisa padronizar os parques, precisa observar onde os cães estão e garantir que haja muitos parques".
Moise diz que esse tipo de padronização beneficiará pessoas com e sem cães. "As pessoas que não têm cães não querem necessariamente ter cães correndo ao seu redor em um parque aberto. E isso é compreensível", acrescenta.
"Por mais que eu adore cachorros e todo mundo adore cachorros, mas vamos abrir espaço para todos... é uma questão de igualdade, pois precisamos garantir que todos se sintam seguros e incluídos nos planos futuros da cidade".
Moise também observou a necessidade de manutenção e reparos nos parques para cães existentes e, em um resumo de sua moção, diz que eles precisam de "melhorias que reflitam as melhores práticas atuais em termos de superfície, sombra, árvores, assentos e outros recursos de design".
Ele acrescenta que a aplicação da lei também seria melhor atendida se houvesse um plano para áreas sem coleira em toda a cidade. A multa por manter um cão sem coleira fora de uma área designada é de $365.
"Como podemos multar alguém que não tem um espaço apropriado para passear com o cachorro ou deixar o cachorro sem coleira? Portanto, não acho que seja justo", diz Moise.
"Acho que se tivermos um plano mestre e tivermos parques para cães em toda a cidade, para que as pessoas saibam que devem ir aqui e não ali, então poderemos realmente aplicar a lei. Mas, do jeito que está agora, não acho que seja possível aplicar essa regra".
A prefeita Olivia Chow disse que ter um plano é "sempre útil". "Mas em termos de financiamento... temos um processo orçamentário a ser lançado em breve", disse ela.
A moção foi considerada pelo comitê de Infraestrutura e Meio Ambiente na quarta-feira e está programada para ser apresentada ao conselho em 11 de outubro.
THE CANADIAN PRESS/ Tijana Martin
