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06/05/2024 às 14h34min - Atualizada em 06/05/2024 às 14h34min

Prejuízos por chuvas no Rio Grande do Sul passam de meio bilhão, mostra estimativa

Ciclone extratropical que atingiu o estado em setembro do ano passado causou mais de R$ 3 bilhões em prejuízos financeiros — além de 51 mortes

Redação North News
com informações CNN
Imagem capturada durante sobrevoo do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em Canoas - RS | Ricardo Stuckert / PR
 
Em uma semana, as cidades gaúchas registraram mais de R$ 559,8 milhões em prejuízos financeiros decorrentes dos temporais que assolam o estado. As perdas se somam à tragédia humanitária no Rio Grande do Sul, que já registra 83 mortes, 111 desaparecidos e 276 feridos.

O dado foi divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e diz respeito ao período entre 29 de abril e 5 de maio. Para a entidade, o número está subestimado, visto que se refere apenas aos danos já levantados e disponibilizados por 19 municípios, sendo que 336 foram atingidos em algum nível pelos temporais.

O ciclone extratropical que atingiu o estado em setembro do ano passado causou mais de R$ 3 bilhões em prejuízos financeiros — além de 51 mortes. A CNM, que cobra a gestão federal por recursos aos municípios para combate de eventos extremos, diz que o governo prometeu R$ 741 milhões, mas repassou apenas R$ 81 milhões na ocasião.

Até a última sexta-feira (3), a estimativa de prejuízos pela CNM estava em R$ 275 milhões, com a maior parcela concentrada no setor privado.

O Palácio do Planalto e o Congresso Nacional dão início, nesta segunda-feira (6), a uma série de reuniões com lideranças partidárias para articular medidas emergenciais de auxílio na assistência e na reconstrução do estado. A ideia é construir um novo “orçamento de guerra”, aos moldes do que foi feito durante a pandemia, em 2020.

Em 2023, eventos extremos relacionados às mudanças climáticas, como as chuvas que assolam o Rio Grande do Sul, deixaram — além de mortes, feridos e rastros de destruição Brasil afora — cerca de R$ 105,4 bilhões em prejuízos financeiros.

Deste valor, R$ 72,6 bilhões dizem respeito ao setor privado; R$ 23,8 bilhões, ao público; e R$ 8,8 milhões foram prejuízos materiais. A agricultura contabilizou a maior parcela das perdas, cerca de R$ 53 bilhões em perdas — mais da metade do total.

Confira as cifras de demais áreas:
  • Agricultura: R$ 53,6 bilhões em prejuízos (50,8%)
  • Pecuária: R$ 15,3 bilhões (14,5%)
  • Sistema de transportes: R$ 10,9 bilhões (10,3%)
  • Abastecimento de água potável: R$ 10,8 bilhões (10,2%)
  • Obras de Infraestrutura: R$ 3,9 bilhões (3,7%)
  • Habitação: R$ 3,5 bilhões (3,3%)
  • Comércios locais: R$ 1,7 bilhão (1,7%)
  • Indústria: R$ 1,6 bilhão (1,6%)
Segundo o levantamento, R$ 53,7 bilhões foram perdidos como resultado de secas e estiagens, enquanto as perdas por chuvas representaram R$ 51,4 bilhões. Outros tipos de desastres somaram R$ 257 milhões no ano passado.

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