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Veja o passo a passo do julgamento no STF que pode tornar Bolsonaro réu nesta semana

Além de Bolsonaro, veja quem são os outros denunciados pela PGR que podem virar réus. Primeira Turma do Supremo começará julgamento nesta terça-feira para decidir se aceita denúncia da PGR sobre suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

Júnior Mendonça
24/03/2025 10h09 - Atualizado há 1 semana
Veja o passo a passo do julgamento no STF que pode tornar Bolsonaro réu nesta semana
Foto: Marcos Corrêa/PR/Fotos Públicas via InfoMoney

 

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará nesta terça-feira (25) a análise para acatar ou não a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta trama golpista em 2022. Entre os denunciados que serão citados na próxima semana, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente da Turma, ministro Cristiano Zanin, reservou três sessões para isso. Elas serão na manhã e tarde de terça-feira, além da manhã de quarta-feira (26), caso seja necessário mais tempo de deliberação.

A expectativa é que os ministros consigam votar a questão nesta semana.

O julgamento será aberto por Zanin, seguido por uma leitura do relatório por Alexandre de Moraes.

 

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Depois, haverá a sustentação oral do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ou seja, Gonet terá 30 minutos para defender a denúncia enviada para o Supremo e sua validade.

Em seguida, as defesas dos oito denunciados poderão se manifestar. Cada uma terá 15 minutos e a ordem de pronunciamento será decidida por Zanin.

Antes de analisar o mérito, os ministros poderão votar questões preliminares, ou seja, definições pontuais que estão no processo e podem comprometer como um magistrado vota no caso.

Depois, o relator avaliará o mérito da denúncia e dirá se a aceita ou não. Os demais ministros, então, poderão dar seus votos.

Caso haja maioria ou unanimidade por acatar a denúncia, os denunciados se tornarão réus e responderão a processo judicial em mais sessões da Primeira Turma do Supremo.

Ao fim do julgamento como um todo, os réus serão absolvidos ou condenados, e caberá aos ministros definir qual a pena e por qual crime cada um será punido.

 

Além de Bolsonaro, veja quem são os outros denunciados pela PGR que podem virar réus:

Mauro Cid: Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid é peça-chave na investigação por ter assinado delação premiada que norteou a ação da Polícia Federal (PF).

Walter Braga Netto: General, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, foi candidato a vice de Bolsonaro nas eleições de 2022. Preso em dezembro de 2024, é acusado de articular um golpe e tentar interferir na investigação, buscando acesso à delação de Mauro Cid.

Alexandre Ramagem: Deputado federal e ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro. Em 2024, a PF encontrou mensagem de Ramagem com orientações para o então presidente Jair Bolsonaro questionar as urnas eletrônicas após ser derrotado em outubro de 2022.

 

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Almir Garnier: Almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro. Segundo as investigações, foi o único comandante das Forças Armadas a se colocar à disposição para um golpe de Estado. A adesão de Garnier ao plano teria servido para pressionar ainda mais o Alto Comando do Exército a aderir ao plano de golpe.

Anderson Torres: Ex-ministro da Justiça e ex-delegado da PF, foi pego com uma minuta de decreto que, segundo as investigações, seria encaminhado a Bolsonaro para instaurar Estado de Defesa no país e reverter a eleição de 2022. Após a derrota do ex-presidente no pleito, tornou-se secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e foi preso por omissão nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Augusto Heleno: General da reserva e Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro. Segundo a PF, golpistas planejavam um “gabinete de crise” sob o comando do militar.

Paulo Sérgio Nogueira: Ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, ele também é general da reserva e ex-comandante do Exército. Foi acusado de apoiar ataques ao sistema eleitoral, incentivar a tentativa de golpe e apresentar uma versão do decreto golpista para buscar respaldo dos comandantes das Forças Armadas.

 

 


FONTE: Redação North News com informações CNN

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