Maioria quer menos imigrantes no Canadá a partir de 2025, revela pesquisa

Em agosto, o Ministro da Imigração, Marc Miller, prometeu mudanças "significativas" no número de residentes permanentes que podem entrar no país, incluindo regras mais rígidas para reduzir o fluxo de trabalhadores estrangeiros temporários que foram autorizados a entrar no Canadá em maior número nos últimos anos para lidar com a falta de mão de obra durante a pandemia da COVID-19

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A maioria dos canadenses diz que o país deveria aceitar menos imigrantes em 2025 do que em 2024, com quase três quartos dizendo que a imigração deveria ser reduzida até que a moradia se torne mais acessível.

Os dados fazem parte de uma pesquisa da Nanos para a CTV News. Dois em cada três, ou 64%, dos canadenses entrevistados disseram que o país deveria aceitar menos imigrantes em 2025 em comparação com 2024.

Enquanto isso, cerca de um em cada quatro, ou 26%, dos canadenses disse que deveríamos permitir a entrada de aproximadamente o mesmo número de imigrantes, enquanto apenas 5% disseram que deveríamos aceitar mais.

Em agosto, o Ministro da Imigração, Marc Miller, prometeu mudanças "significativas" no número de residentes permanentes que podem entrar no país, incluindo regras mais rígidas para reduzir o fluxo de trabalhadores estrangeiros temporários que foram autorizados a entrar no Canadá em maior número nos últimos anos para lidar com a falta de mão de obra durante a pandemia da COVID-19.

Trudeau também sinalizou em agosto que haveria mais mudanças no outono para reduzir o número de residentes permanentes. E nesta semana, Miller anunciou uma redução de 10% no número de autorizações para estudantes internacionais, o que resultaria em "aproximadamente 300.000 autorizações de estudo a menos" emitidas nos próximos três anos.

Este ano, a meta para autorizações de estudo era de 364.000 - uma redução de 35% em relação às quase 560.000 autorizações emitidas em 2023.

A medida do governo foi tomada depois que especialistas - e servidores públicos federais - alertaram o governo de que o crescimento populacional estava colocando cada vez mais pressão em um mercado imobiliário já insustentável.

A pesquisa também revelou que um número esmagador de canadenses, 72%, quer que o número de imigrantes que entram no Canadá seja reduzido até que a moradia se torne acessível.

Isso inclui 49% que apoiam e 23% que apoiam de alguma forma uma redução. Isso representa um aumento desde setembro de 2023, quando a mesma pergunta foi feita aos canadenses. Naquela época, 35% disseram que apoiariam, e 24% disseram que apoiariam um pouco, uma redução.

Enquanto isso, no que diz respeito às percepções dos canadenses sobre o impacto dos imigrantes na economia, 40% dizem que os imigrantes tornam a economia mais forte (22%) ou um pouco mais forte (18%); enquanto 29% disseram que eles tornam o país mais fraco (11%) ou um pouco mais fraco (18%).

Por região, os habitantes das Pradarias (47%) eram mais propensos a dizer que os imigrantes fortalecem a economia, enquanto os habitantes do Canadá Atlântico (34%) eram mais propensos a dizer que os imigrantes enfraquecem a economia.

Quando se trata de refugiados - pessoas que deixam seus países para escapar de guerras, perseguições ou desastres naturais - a pesquisa da Nanos constatou que mais de dois em cada cinco, ou 46%, dos canadenses querem que menos refugiados sejam permitidos no país. Pouco mais de um em cada três, ou 35%, disse que o Canadá deveria aceitar o mesmo número, enquanto 15% disseram que deveríamos aceitar mais.

O plano atual de imigração do Canadá permite entre 72.000 e 76.000 refugiados anualmente por meio de três fluxos diferentes de reassentamento.

Regionalmente, as pessoas nas Pradarias (49%) foram as que mais disseram que o Canadá deveria aceitar menos refugiados, enquanto Ontário teve o maior número de entrevistados (19%) que disseram que o Canadá deveria aceitar mais.

"Ninguém planeja se tornar um refugiado. As pessoas adquirem educação e experiência que não devem ser ignoradas só porque se tornam deslocadas", de acordo com o Governo do Canadá em uma declaração de 2023.