Musk participa de comício de Trump, em Butler, Pensilvânia, em outubro passado (REUTERS/Carlos Barría)
O presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump anunciou nesta terça-feira (12), que o bilionário Elon Musk e o ex-candidato a indicação republicana Vivek Ramaswamy vão liderar o novo “Departamento de Eficiência do Governo.”
“Juntos, esses dois americanos maravilhosos abrirão o caminho para que meu governo desmantele a burocracia do governo, reduza os excessos de regulamentação, corte gastos desnecessários e reestruture as agências federais”, disse Trump em um comunicado.
O trabalho do departamento deve ser concluído até o dia 4 de julho de 2026, disse Trump no comunicado.
“Um governo menor, com mais eficiência e menos burocracia, será o presente perfeito para a América no 250º aniversário da Declaração de Independência. Estou confiante de que eles terão sucesso!”, disse o presidente eleito.
O anúncio de Ramaswamy e particularmente Musk, que lidera empresas com contratos governamentais existentes e lucrativos, levanta questões imediatas sobre potenciais conflitos de interesse. E não está imediatamente claro como o departamento, que Trump disse que “fornecerá conselhos e orientação de fora do governo”, vai funcionar.
Trump havia proposto a criação de uma comissão de eficiência do governo como parte de uma lista de novos planos econômicos que ele revelou no início de setembro. Na época, ele disse que Musk tinha concordado em liderar a pasta caso eleito.
A declaração de Trump na terça-feira à noite citou Musk dizendo que “isso vai enviar ondas de choque através do sistema, e qualquer pessoa envolvida no desperdício do governo, que é um monte de pessoas!”
Ramaswamy respondeu separadamente no X com um slogan que ele usou frequentemente durante sua campanha presidencial para pedir a eliminação de agências federais, escrevendo: “SHUT IT DOWN.”
Ramaswamy, que já desafiou Trump nas primárias presidenciais republicanas antes de endossá-lo em janeiro, fez da redução do desperdício nos gastos governamentais uma plataforma política fundamental para sua campanha.
No ano passado, Ramaswamy – que tinha prometido na campanha eliminar o FBI, o Departamento de Educação e a Comissão de Regulamentação Nuclear, que demitiria milhares de trabalhadores federais no processo – publicou um documento descrevendo um quadro legal que, segundo ele, permitiria ao presidente eliminar agências federais de sua escolha.