A Royal Canadian Mounted Police (RCMP) - Real Polícia Montada do Canadá - diz que um homem morreu depois de atravessar dos Estados Unidos para o Canadá no Coutts Border Crossing, no sul de Alberta.
Esse é um dos três incidentes detalhados pela RCMP durante uma coletiva de imprensa em Edmonton, na noite desta quarta-feira, sobre a fronteira do Canadá com os EUA. Os incidentes foram registrados entre 2 de fevereiro ou 14 de janeiro.
A comissária assistente Lisa Moreland disse aos repórteres que o homem foi encaminhado para inspeção secundária no posto de fronteira quando chegou, mas a polícia diz que ele dirigiu para o norte do Canadá sem parar para inspeção.
Os agentes de fronteira notificaram a polícia, que localizou o veículo perto de Raymond, Alta, a cerca de 80 quilômetros de Coutts.
A polícia seguiu o homem de Raymond até Lethbridge, Alta, a uma distância de cerca de 35 quilômetros, e voltou por Raymond.
Um dispositivo de esvaziamento de pneus foi acionado perto de Milk River, Alta, que fica a cerca de 60 quilômetros de Raymond, fazendo com que o veículo parasse.
O homem fugiu do local a pé e foi perseguido pela polícia e por cães policiais.
“Durante a perseguição, o homem sofreu um ferimento autoinfligido por arma de fogo e foi declarado morto no local”, detalhou Moreland aos repórteres.
A Equipe de Resposta a Incidentes Graves de Alberta, que investiga incidentes envolvendo policiais de Alberta que resultam em ferimentos graves ou morte, assumiu o comando da investigação.
'Evento' 2
No dia anterior, Moreland disse que quatro adultos e cinco crianças foram encontrados atravessando a fronteira perto de Coutts, Alta. Moreland disse que o grupo estava viajando a pé com malas.
“Todos os nove indivíduos foram presos de acordo com a Lei de Alfândega e foram entregues à Agência de Serviços de Fronteira do Canadá (CBSA, na sigla em inglês) para processamento”.
'Evento' 3
O terceiro evento ocorreu em 14 de janeiro no posto de fronteira de Manitoba, onde seis pessoas cruzaram a fronteira a pé, cerca de 15 quilômetros a leste de Emerson, Man.
Moreland disse que as autoridades canadenses foram avisadas sobre o grupo por seus colegas americanos.
“Os policiais da RCMP em um veículo responderam imediatamente e começaram a procurar o grupo que havia fugido para a floresta próxima, com o avião da RCMP direcionando os policiais em terra”, disse Moreland. “Todos os seis foram presos sem incidentes e transferidos para a CBSA”.
Moreland tinha uma mensagem para qualquer pessoa que estivesse pensando em entrar ilegalmente no Canadá.
“Para qualquer pessoa que esteja pensando em cruzar a fronteira, não o faça. Você está colocando sua vida em risco e não deve tentar em nenhuma circunstância”.
Compromisso com a segurança da fronteira
Em ambos os casos envolvendo pessoas a pé, Moreland disse que os migrantes não estavam vestidos para as temperaturas frias do Canadá. “Eles não tinham chapéus, luvas ou qualquer coisa que normalmente veríamos em um inverno canadense”, disse Moreland.
“Devo observar que em todos os incidentes que descrevi, tanto em Manitoba quanto em Alberta, o clima estava incrivelmente frio, variando de -20 a -30°C, sem levar em conta a sensação térmica”. Uma ambulância foi chamada para verificar os migrantes presos.
Moreland diz que os incidentes mostram que a RCMP está comprometida com a segurança da fronteira entre os EUA e o Canadá.
“Eu diria que a RCMP leva essas investigações muito a sério. Obviamente, tratamos primeiro da parte humana, e a RCMP está continuando as investigações associadas a esses assuntos”.
Já na segunda-feira, Trump concordou em pausar as tarifas após uma ligação com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, na qual Trudeau concordou em expandir um plano de proteção de fronteira de $1,3 bilhão a partir de dezembro.
O Canadá também listará os cartéis como terroristas, lançará uma nova força-tarefa transfronteiriça, gastará $200 milhões a mais para combater o tráfico de drogas e nomeará um czar do fentanil.
VOCÊ SABIA? A expressão Czar é atribuída a uma pessoa com grande poder ou influência em determinada área. É também um título informal usado para alguns altos funcionários nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido
