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07/04/2021 às 09h30min - Atualizada em 07/04/2021 às 09h30min

Agência europeia reconhece coágulos de sangue como efeito colateral da AstraZeneca

Apesar disso, recomenda o uso da vacina reforçando que são casos "muito raros"

Beatriz Kina
Vacina AstraZeneca contra a covid-19 tem relação com formação de coágulos de sangue
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) confirmou hoje (7) que há ligação entre a formação de coágulos de sangue e a vacina AstraZeneca contra a covid-19. "Coágulos de sangue incomuns com plaquetas baixas devem ser listados como efeitos colaterais muito raros de Vaxzevria (anteriormente COVID-19 Vaccine AstraZeneca)", afirmou a agência em um comunicado. 

Apesar da notícia, a agência reforçou que são casos "muito raros" e que "os benefícios gerais da vacina na prevenção de covid-19 superam os riscos de efeitos colaterais". 

De acordo com a análise do Comitê de Avaliação de Risco de Farmacovigilância (PRAC, na sigla em inglês) os coágulos sanguíneos ocorreram nas veias do cérebro (trombose do seio venoso cerebral) e no abdómen (trombose da veia esplâncnica) e nas artérias, juntamente com níveis baixos de plaquetas sanguíneas e por vezes hemorragia. 

Ao todo, foram 86 casos analisados, sendo 18 deles fatais. "Até agora, a maioria dos casos relatados ocorreu em mulheres com menos de 60 anos de idade nas 2 semanas seguintes à vacinação." Apesar disso, fatores de risco específicos não foram confirmados. 

Como orientação, a agência indicou que os pacientes procurem assistência médica imediatamente se apresentarem os seguintes sintomas:
  • falta de ar
  • dor no peito
  • inchaço na perna
  • dor abdominal persistente (barriga)
  • sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça graves e persistentes ou visão turva
  • pequenas manchas de sangue sob a pele além do local da injeção

"Uma explicação plausível para a combinação de coágulos sanguíneos e plaquetas sanguíneas baixas é uma resposta imunológica, levando a uma condição semelhante à observada algumas vezes em pacientes tratados com heparina", explicou. Agora, o PRAC solicitou mais informações a respeito da vacina e deve analisar novos dados para monitorar esse possível efeito colateral. 
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