Vacina AstraZeneca contra a covid-19 tem relação com formação de coágulos de sangue
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) confirmou hoje (7) que há ligação entre a formação de coágulos de sangue e a vacina AstraZeneca contra a covid-19. "Coágulos de sangue incomuns com plaquetas baixas devem ser listados como efeitos colaterais muito raros de Vaxzevria (anteriormente COVID-19 Vaccine AstraZeneca)", afirmou a agência em um comunicado.
Apesar da notícia, a agência reforçou que são casos "muito raros" e que "os benefícios gerais da vacina na prevenção de covid-19 superam os riscos de efeitos colaterais".
De acordo com a análise do Comitê de Avaliação de Risco de Farmacovigilância (PRAC, na sigla em inglês) os coágulos sanguíneos ocorreram nas veias do cérebro (trombose do seio venoso cerebral) e no abdómen (trombose da veia esplâncnica) e nas artérias, juntamente com níveis baixos de plaquetas sanguíneas e por vezes hemorragia.
Ao todo, foram 86 casos analisados, sendo 18 deles fatais. "Até agora, a maioria dos casos relatados ocorreu em mulheres com menos de 60 anos de idade nas 2 semanas seguintes à vacinação." Apesar disso, fatores de risco específicos não foram confirmados.
Como orientação, a agência indicou que os pacientes procurem assistência médica imediatamente se apresentarem os seguintes sintomas:
falta de ar
dor no peito
inchaço na perna
dor abdominal persistente (barriga)
sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça graves e persistentes ou visão turva
pequenas manchas de sangue sob a pele além do local da injeção
"Uma explicação plausível para a combinação de coágulos sanguíneos e plaquetas sanguíneas baixas é uma resposta imunológica, levando a uma condição semelhante à observada algumas vezes em pacientes tratados com heparina", explicou. Agora, o PRAC solicitou mais informações a respeito da vacina e deve analisar novos dados para monitorar esse possível efeito colateral.