O Comboio da Liberdade teve mais um capítulo anexado à sua história. Tamara Lich, uma das organizadoras do movimento que parou Ottawa por três semanas, teve sua fiança negada após um júri afirmar que sua presença nas ruas era “um perigo para a comunidade”.
Tudo começou dia 17 de fevereiro, quando Tamara Lich foi presa pela polícia, que cumpria ordens dadas pela Lei de Medidas de Emergência. A manifestante foi julgada, sentenciada e presa. Cinco dias depois, a condenada teve o pedido de fiança negado, por ser reincidente.
Naquele dia 22 de fevereiro, Tamara Lich teve a sentença dada pela juíza Julie Bourgeois, que afirmou que a prisão era “necessária para a proteção e segurança da sociedade”.
Uma semana depois, em outra audiência, Tamara Lich acusou a juíza de “víeis ideológico” e sua advogada proferiu algumas palavras bem agressivas contra a autoridade.
“Se eu tivesse essa informação de antemão (de que a juíza tinha sido candidata pelo partido liberal), teria me sentido desconfortável com a situação”, disse Tamara.
A defensora Diane Magas disse que Julie Bourgeois falava com um ‘tom de ‘burguês’, característica dos Liberais, e que várias vezes usou a expressão “nossa comunidade” para manter a acusada na prisão.
Lich foi presa junto ao seu amigo Chris Barber no dia 17 de fevereiro por incitarem a desordem, em Ottawa. A diferença é que o parceiro foi solto após pagar fiança, enquanto ela continuou presa. Na tarde desta quarta-feira, a audiência precisou ser interrompida após centenas de apoiadores do Comboio da Liberdade invadirem a videoconferência que daria a nova sentença de Tamara Lich.