Nesta sexta-feira, a Rússia bombardeou a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, localizada no centro da Ucrânia. O objetivo do ataque era o domínio do local, mas as bombas causaram incêndios no prédio anexo, usado para treinamento dos profissionais.
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), não houve nenhum tipo de mudança nos níveis de radiação, pois o prédio prejudicado não continha material radioativo. Ainda não se sabe ao certo quantas pessoas estavam no local na hora do bombardeio.
Esta é a segunda usina nuclear tomada pelos russos. No dia 24 de fevereiro, as tropas russas invadiram Chernobyl, no sul da Ucrânia e fizeram um pacto de não agressão com os engenheiros nucleares que trabalhavam no local.
A Ucrânia é conhecida por alimentar suas cidades com energia sustentável vinda das usinas nucleares. Zaporizhzhia teve seu primeiro reator construído em 1984 e o sexto em 1995, chegando a produzir 5,7 Gigawatts, que equivale a 20% da energia no território ucraniano.
Segundo a Al Jazeera, os reatores da usina de Zaporizhzhia operam com combustível de isótopo de urânio-235 enriquecido (isótopo é um elemento químico que tem a mesma quantidade de prótons de um outro elemento, mas que tem um número diferente de nêutrons). Os reatores funcionam de uma forma indireta: os elementos combustíveis estão em um circuito que gera vapor que não vai diretamente para as turbinas, mas, sim, aquecer um segundo circuito que também tem vapor, mas esse não é contaminado. Esse segundo circuito movimenta as turbinas que geram energia.
Assim, os funcionários da usina são menos expostos à radiação.