29/03/2022 às 11h00min - Atualizada em 29/03/2022 às 11h00min
Canadá escolheu a aeronave F-35 como sua nova arma de caça
Com vitória no Canadá, o F-35 amplia sua vitoriosa lista de novos clientes. A aeronave de quinta geração é a primeira da categoria e se tornou sucesso de venda internacional
O Canadá confirmou a escolha do F-35A, o caça de quinta geração da Lockheed Martin, para equipar sua força aérea. A informação foi publicada no site oficial do governo do país nesta segunda-feira (28) e confirma a ampla vitória do avião furtivo no mundo.
O F-35 desbancou o favorito F/A-18 Super Hornet, da Boeing, ainda na fase preliminar. O avião de quinta geração tem obtido importantes acordos internacionais, sendo vencedor em diversas concorrências recentes, com destaque para Finlândia e Suíça, onde o Super Hornet começou como favorito.
“Após uma avaliação rigorosa das propostas, o governo do Canadá anunciou hoje que entrará na fase de finalização do processo de aquisição com o licitante mais bem classificado, o governo dos Estados Unidos (EUA) e a Lockheed Martin, para o caça F-35” , disse um comunicado oficial.
Isto marca mais uma vitória do F-35 no mercado exterior e ao mesmo tempo mais um derrota do Gripen E, da sueca Saab, que está entre os dois finalistas no Canadá. Ainda assim, a escolha do F-35A era vista como certa, graças a campanha de vendas da Lockheed Martin e do governo dos Estados Unidos.
É esperado que Ottawa receba as 88 novas aeronaves a partir de 2025, garantindo a renovação da frota e substituindo os antigos CF-18 A/B Hornet.
“O processo de avaliação em várias etapas levou em consideração uma ampla gama de fatores, incluindo capacidades, custo, bem como benefícios e impactos econômicos. Reconhecendo que esses caças devem servir efetivamente à Rcaf (força aérea real do Canadá)”, publicou o governo.
A vitória do F-35 no Canadá acontece pouco depois da escolha finlandesa e suíça do caça que também excluiu o sueco Gripen E. Tanto os canadenses quanto os finlandeses tinham como opção da Saab o mesmo modelo escolhido pelo Brasil. Porém, analistas internacionais creditam ao sucesso do F-35, inclusive em Singapura, Coreia do Sul, Japão e Finlândia, como uma espécie de apólice de seguro. O contrato de venda do avião exige uma série de processos de segurança operacionais, visto o elevado grau de sigilo de seus sistemas e detalhes de operação. Além disso, ser selecionado para poder comprar o F-35 coloca o país como um aliado próximo de Washington, tornando sua escolha uma garantia de apoio norte-americano em caso de conflito.
O F/A-18 ainda sofreu uma derrota doméstica, quando no ano passado o jato da Boeing, foi retirado do programa de aquisição de novos caças, um duro golpe para o Super Hornet que vem amargando constantes derrotas no mundo. Inclusive no Brasil o modelo perdeu a concorrência para o Gripen NG, em 2013.
No caso canadense, a saída antecipada do F/A-18 Super Hornet ocorreu quando as “propostas foram avaliadas rigorosamente em elementos de capacidade, custo e benefícios econômicos" sendo assim o modelo da Boeing eliminado por não atender um ou mais itens. “A avaliação também incluiu uma avaliação do impacto econômico”.
A lista de países que optaram pelo F-35 só aumenta com a inclusãio já confirmada de Israel, Suíça, Japão, Coreia do Sul, Alemanha e agora o Canadá.