O diretor da CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, disse a integrantes do governo Bolsonaro que o presidente deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país
O alertafoi feito por William Burns – o diretor da CIA – em uma reunião em julho de 2021, de acordo com duas fontes
Ainda não está claro onde a reunião ocorreu. Burns esteve no Brasil em julho, em viagem que não estava prevista em sua agenda oficial. Na ocasião, o diretor da CIA encontrou Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete Institucional, o general Augusto Heleno, e o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
Burns jantou com os generais Augusto Heleno e o Luiz Eduardo Ramos, o ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência durante a mesma visita à Brasília, a quem o norte-americano disse que o processo democrático é sagrado, e que Bolsonaro não deveria se referir a ele publicamente como vinha fazendo.
A notícia veio à tona quando o Serviço Secreto Americano se manifestou após críticas do Presidente da República ao sistema eleitoral brasileiro.
De acordo com Jair Messias Bolsonaro, as urnas eleitorais poderiam ser hackeadas e o processo eleitoral seria vítima de fraude.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que o risco de fraude não existe, visto que cada voto é auditável (com emissão de códigos criptografados).
Também existe um movimento pelo voto impresso, para que a contagem seja feita de forma física, em caso de suspeita de fraude eleitoral.