Neste final de semana tivemos uma chuva de eventos esportivos, a maioria deles se tratando de decisões.
No sábado (28), todos estavam excitados com a final da competição de clube mais importante da Europa. Real Madrid e Liverpool se enfretariam, no Stade de France, pela final da Liga dos Campeões da UEFA, às 16h, de Brasília. Mas o que era para ser um espetáculo começou a degringolar antes mesmo da bola rolar.
Fora do estádio, pessoas pulavam às cercas de contenção para acessar às arquibancadas. Muitos intrusos conseguiram entrar sem ingresso, causando tumulto do lado de fora e obrigando a polícia francesa a agir. Com gás de pimenta, cassetetes e muita violência, os enviados da lei foram obrigados a conter o público, causando o atraso de uma hora no início do jogo.
Dentro de campo, o jogo começou quente. O Liverpool partiu para cima do Real Madrid, disposto a se vingar da derrota na última final que os dois clubes disputaram, quando o time espanhol levou a taça após vitória por 3 a 1.
Mas dois jogadores foram determinantes para vitória madridista. Durante o massacre dos Reds no primeiro tempo, quem se destacou do lado de Madrid foi o goleiro belga Courtois. A muralha de dois metros cresceu mais ainda e fez pelo menos três defesas consideradas decisivas. No segundo tempo, após o Real estar vencendo, o goleiro da seleção belga fez mais três lindas defesas, decidindo o jogo e se tornando o melhor em campo.
Mas o gol do título veio do pé de um brasileiro. Vinícius Jr., ou Vini Malvadeza, foi o carrasco do Liverpool. O garoto de São Gonçalo, cria do Flamengo, aproveitou a única chance que teve no jogo para escrever seu nome na história. Com apenas 21 anos, o ala aproveitou cruzamento milimétrico de Valverde e empurrou a bola para o fundo das redes, sem chances para Alisson.
Com a vitória por um a zero, o Real Madrid conquistou suas décima quarta “Orelhuda”, se isolando ainda mais como maior campeão da Champions (o segundo é o Milan com 7 taças).
Roland Garros e o pesadelo canadense
O maior campeão do saibro sagrado de Roland Garros, Rafael Nadal, que havia ido ao Stade de France no dia anterior, precisou de cinco sets para garantir a vaga nas quartas-de-finais , do aberto francês. O jogo será contra o sérvio, número um do ranking, Novak Djokovic. Mas para chegar até Djoko, Nadal sofreu contra o canadense Félix Auger-Aliassime.
O espanhol, dono de 13 títulos no saibro francês, sofreu diante do jovem canadense, de 21 anos, mas faturou a vitória por 3 sets a 2 (3/6, 6/3, 6/2, 3/6 e 6/3). Esta foi apenas a terceira vez que Nadal disputou o quinto set, em 112 partidas pelo torneio.
A partida decisiva contra Djokovic está marcada para terça-feira, 14:45.
Mônaco debaixo d'água
No principado de Mônaco, no domingo, ao lado de Paris, aconteceu o mais tradicional GP de Fórmula 1 do calendário.
O piloto monegasco Charles Leclerc era o Pole Position e tinha tudo para ser o primeiro piloto nascido em Mônaco a conquistar o GP. Mas o ferrarista, assim como em outros anos, não contou com a sorte.
O GP foi atrasado em uma hora pela quantidade absurda de chuva que caía sob às ruas do principado. As equipes foram obrigadas a trocar os jogos de pneus dos carros para pneus de chuva pesada. E foi em um erro de troca de pneus que a Ferrari deixou escapar a vitória.
A líder do campeonato Red Bull aproveitou para trocar os pneus de chuva pesada para pneus intermediários, diminuindo o tempo das voltas de Sérgio Pérez e Max Verstappen. Quando a Ferrari adotou a mesma estratégia com Charles Leclerc, todos ficaram aliviados, mas estranharam que seu companheiro de equipe Carlos Sainz continuava na pista. O espanhol resolveu trocar de compostos apenas uma vez, exatamente quando os engenheiros previram que não haveria mais chuva até o final da corrida.
A Ferrari chamou Sainz para o box e trocou seu jogo de pneus para uma mistura de duro/soft . Já Leclerc, quis usar a mesma estratégia e precisou voltar novamente ao box, para uma segunda parada. Após a troca, o piloto saiu dos boxes xingando todos que haviam adotado aquela estratégia. As palavras foram cortadas durante a transmissão.
A Red Bull, que nada tinha com isso, manteve os carros com compostos intermediários, ficando com Pérez em primeiro e Verstappen em terceiro (atrás de Sainz).
E Leclerc com toda sua indignação, frustração e falta de sorte ficou fora do pódio com a quarta colocação.
O atual campeão Max Verstappen, mesmo com o terceiro lugar, ainda conseguiu abrir uma distância maior em relação a Leclerc no campeonato de pilotos. Agora, o “Super Max” chegou aos 125 pontos, enquanto o monegasco alcançou os 116. Sérgio Perez voltou à disputa com a vitória, ficando em terceiro com 110 pontos.
A Red Bull lidera o campeonato de construtores com 235 pontos contra 199 da Ferrari.
Festa em Miami... SQN
Após um milagre em Boston, no jogo 6 das finais da Conferência Leste, bastava ao Miami Heat fazer o dever de casa no jogo 7, para se tornar o campeão do Leste e disputar novamente, a final da NBA, desta vez contra o Golden State Warriors. Mas as coisas não aconteceram como deveriam.
Do outro lado estava o Boston Celtics, dono do maior número de títulos da NBA com 17 conquistas, e sua defesa intransponível. Tatum, Smart e Brown estavam imparáveis, enquanto Butler fazia chover pelo lado do Heat.
Mas a franquia de Boston esteve a frente do placar durante todo o jogo, chegando a abrir 15 pontos de frente. Aos poucos, Butler e Adebayo conseguiram diminuir a diferença, mas nunca o suficiente para ultrapassar o adversário.
E faltando 21 segundo para o fim do jogo, com apenas dois pontos de vantagem para os Celtas e posse de bola para o Heat, Jimmy Butler partiu para cima da marcação e aproveitando o moral elevado chutou para três, causando um silêncio mortal na AmericanArlines Arena. A bola curta beijou o aro e saiu.
Butler podia ter empatado a partida com uma bola simples, mas resolveu chutar para três e colocar a pressão do lado inimigo. Mas a decisão, no mínimo equivocada, causou a frustrante derrota da franquia da casa e colocou o Celtics na final, após 12 anos de espera.
A NBA Finals começa na próxima quinta-feira (2), em São Francisco, no jogo 1 contra o Golden State Warriors.