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06/06/2022 às 14h06min - Atualizada em 06/06/2022 às 14h06min

Imigrantes tentam entrar nos Estados Unidos aos milhares

Marcha com venezuelanos, guatemaltecos e mexicanos anda por mais de 3.000 km até os Estados Unidos

Leandro Mendonça
Twitter/ @AFP
Uma "caravana" de milhares de imigrantes partiu segunda-feira no sul do México com a intenção de chegar aos Estados Unidos, no primeiro dia da "Cúpula das Américas", que está sendo realizada em Los Angeles e deve abordar questões imigratórias.
 
O grupo, formado por homens, mulheres e crianças da América Central e da Venezuela, partiu na chuva de Tapachula, na fronteira com a Guatemala, até a fronteira com os Estados Unidos, aproximadamente 3.000 km ao norte do país.
 
“Os imigrantes não são criminosos, são trabalhadores internacionais”, proclamava uma faixa levantada por membros da caravana. “Liberdade, liberdade”, “Queremos vistos”, gritaram outros membros da marcha, alguns dos quais cantaram o hino venezuelano.
 

“Dizemos aos chefes de Estado dos países reunidos hoje na Cúpula das Américas, que mulheres e crianças imigrantes, que as famílias dos imigrantes, não são moeda de troca” para “interesses ideológicos e políticos”, Luis Garcia, da ONG Dignificacion Humana.
 
Omar Herrera, um venezuelano, disse que abandonou seu país e seu emprego na universidade porque seu salário "não lhe permitia viver": "Sem sacrifício, não há vitória", acrescentou.
 
Por ocasião da “Cúpula das Américas”, o presidente democrata Joe Biden espera concluir um acordo de cooperação regional sobre imigração, um assunto explosivo que lhe rendeu violentas críticas da oposição republicana.
 
Um de seus principais parceiros na América Latina, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, confirmou nesta segunda-feira que não irá à cúpula porque os Estados Unidos não convidaram Cuba, Nicarágua e Venezuela por violações da democracia e dos direitos humanos.
 
As “caravanas” de imigrantes que atravessam o México são motivo de tensão com os Estados Unidos desde a época do presidente dos EUA, Donald Trump (2017-2021).
 
O número de pessoas que procuram entrar nos Estados Unidos depois de fugir da pobreza e da violência na América Central e no Haiti vem aumentando há meses.

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