É aguardada para esta quarta-feira (29) a saída do presidente da Caixa , Pedro Guimarães, após o site "Metrópolis" revelar diversas denúncias de assédio contra o executivo. O presidente Jair Bolsonaro considerou "inaceitáveis" as acusações e já escolheu a substituta para o cargo.
A atual secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, deve gerir o banco. Na pasta de Paulo Guedes, ela havia ocupado o posto de Adolfo Sachsida, que agora é ministro de Minas e Energia.
Daniella é uma espécie de braço-direito de Paulo Guedes. Trabalhava com ele na Bozano Investimentos e foi levada ao ministério da Economia inicialmente como sua assessora especial.
A ideia de colocar uma mulher é vista como uma tentativa de recativar o eleitorado feminino e mostrar que o presidente Bolsonaro não compactua com denúncias de assédio sexual.
Guimarães é próximo a Bolsonaro e uma das figuras mais frequentes nas viagens presidenciais. Nesta terça-feira (28), ele esteve em Maceió (AL) em cerimônia de entrega de 1.220 moradias.
O dirigente tinha na agenda desta quarta-feira (29) uma entrevista coletiva a jornalistas para falar sobre estratégias do banco, mas a assessoria de imprensa comunicou o cancelamento do evento na noite de terça-feira.