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03/08/2022 às 16h50min - Atualizada em 03/08/2022 às 16h50min

Presidente do Senado diz que Urnas Eletrônicas são seguras

Sem citar o nome de Jair Bolsonaro, Rodrigo Pacheco insistiu que sistema eleitoral brasileiro é seguro

Leandro Mendonça
Reprodução/Poder360
Sem citar os diversos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu hoje (3), em pronunciamento feito na tribuna da Casa, a legitimidade das urnas eletrônicas. O senador também elogiou os trabalhos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e de seus ministros, e afirmou que o resultado das eleições deve ser reconhecido logo após proclamado. "Como tenho repetido em minhas falas nesta Casa e fora dela, eu tenho plena confiança no processo eleitoral brasileiro, na Justiça Eleitoral e nas urnas eletrônicas, por meio das quais temos apurado os votos desde 1996. Sei que essa posição é amplamente majoritária tanto no tanto no Senado quanto no Congresso Nacional", disse Pacheco na volta do recesso legislativo.
 
O presidente do Senado citou nominalmente o "trabalho exitoso" do presidente da Corte Eleitoral, Edson Fachin, e disse mostrar confiança de que terá continuidade na futura gestão de Alexandre de Moraes, que toma posse no próximo 16. Pacheco afirmou ainda que o resultado das urnas é a "resposta legítima da vontade popular". "Legitimidade que deve ser reconhecida, assim que proclamado o resultado”.
 
O senador convocou a população a "aderir com convicção" o apelo de proteger as instituições democráticas e pacificar os ânimos.
 
"Nossas instituições são fortes; mas somente permanecerão a sê-lo se continuarem a contar com a adesão convicta do corpo de cidadãos a cujo bem-estar são destinadas", pediu. Ele não citou as declarações de Bolsonaro, de que poderia não reconhecer o resultado do pleito deste ano — o atual mandatário é candidato à reeleição e está atrás de seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas pesquisas de intenção de voto.
 
"A democracia, como sabemos, pressupõe a realização de eleições livres e periódicas. O rito eleitoral confere protagonismo à vontade popular, garantindo que os verdadeiros detentores do poder possam livremente escolher seus governantes", completou Pacheco.
 
Pacheco citou também a celebração do 7 de setembro, mas ignorou as convocações de Bolsonaro para manifestações. No ano passado, o presidente participou dos atos com apoiadores e fez uma série de ameaças ao Supremo e às instituições. À época, ela já afirmou que as eleições eram uma "farsa" e que só sairia da Presidência "preso ou morto". No Rio de Janeiro, durante convenção do PL que oficializou sua candidatura à reeleição, Bolsonaro convidou o povo para ir às ruas no 7 de setembro. Na ocasião, ele disse que a data não será para comemorar o bicentenário da Independência do Brasil, mas também "um marco para mais 200 anos de liberdade". 

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