O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Ricardo Lewandowski deu três dias para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) explique R$ 620 mil gastos durante a campanha nas eleições de 2022 e que, segundo o magistrado, contém irregularidades.
Foram apontadas pela área técnica do Tribunal falhas em aproximadamente oito documentos apresentados pela campanha do petista. Eles fizeram a solicitação de que informações adicionais sejam apresentadas ao TSE.
De acordo com o documento, faltam dados, por exemplo, sobre uma despesa de R$ 196 mil com a impressão de material de campanha do segundo turno das eleições.
“Trata-se de despesas que, pelas suas características e pela data em que foram contratadas, necessitam de comprovação adicional além da documentação fiscal, sem a qual não é possível averiguar a efetiva prestação do serviço”, dizem os técnicos do Tribunal.
Também foi apontado pela equipe erros na prestação de R$ 146 mil gastos com uma empresa que imprime adesivos.
Veja quais foram os pontos questionados:
“Registra-se que o candidato deve encaminhar nova prestação de contas pelo Sistema de Prestação de Contas de Campanha Eleitoral (SPCE-2022), com status de prestação de contas final de 2º turno retificadora, contendo as correções relativas aos apontamentos desta informação, bem como apresentar mídia eletrônica com os documentos e as manifestações solicitadas”, conclui a área técnica do TSE.
A campanha de Lula afirmou em nota que “as dúvidas do Tribunal serão respondidas no prazo dentro do processo”.