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19/12/2022 às 23h07min - Atualizada em 19/12/2022 às 23h07min

Atirador de Vaughan tinha conflito antigo com vizinhos e já apresentava comportamento agressivo

Responsável por massacre morava no condomínio há mais de 10 anos e usou uma pistola semiautomática no ataque

Júnior Mendonça
com informações da CTV News Toronto
Reprodução
 
A polícia identificou o atirador responsável pelo ataque brutal registrado em um condomínio de Vaughan, na noite de domingo, que deixou cinco mortos - seis com o próprio assassino que foi morto pela polícia.

Francesco Villi, de 73 anos, teria sido motivado por disputas de longa data com o conselho do condomínio do prédio residencial onde tudo aconteceu. Investigadores já sabem que três das vítimas eram membros do conselho.

No final da noite de domingo, policiais foram chamados a um prédio, na região de Jane Street e Rutherford Road, onde encontraram várias pessoas mortas a tiros em andares diferentes do edifício.

O suspeito morava no primeiro andar do prédio há mais de 10 anos e usou uma pistola semiautomática no ataque.

Ironicamente, Villa deveria comparecer ao tribunal nessa segunda-feira (19) para avançar o andamento do processo em que figurava como parte.

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O QUE SE SABE ATÉ AGORA
Apurações da jornalista Katherine DeClerq, da CTV News Toronto, apontam que em 2019 a Justiça determinou que Villi não fizesse nenhuma gravação de vídeo ou áudio dos membros do conselho do condomínio, funcionários ou moradores do prédio.

Ele também foi ordenado a abster-se de postar nas redes sociais sobre assuntos perante o tribunal e apenas iniciar comunicações com o condomínio e funcionários por escrito em caso de emergência.

 

Documentos judiciais alegam que Villa fez vários vídeos, fotos e comentários difamatórios nas mídias sociais, e que o conselho recebeu inúmeras reclamações de moradores sobre seu comportamento agressivo.

Villi então processou a corporação do condomínio em junho de 2019, alegando conduta opressiva. Ele alegou que as disputas com o conselho começaram devido a reclamações sobre vibrações provenientes da sala elétrica sob sua unidade. Em documentos judiciais, ele argumenta que os problemas estavam afetando sua saúde.

O processo foi arquivado em agosto de 2022. Os tribunais posteriormente consideraram Villa em desacato ao tribunal por violar a ordem de restrição anterior. Ele foi condenado a pagar ao condomínio $ 29.500 em 2021; embora a pena tenha sido retirada quando ele começou a cooperar com a ordem judicial.

Em 2022, a diretoria do condomínio levou Villi à Justiça mais uma vez, argumentando que ele descumpriu ordens judiciais anteriores e que deveria ser orientado a se mudar de sua unidade em 30 dias.

 

A moção veio depois que o advogado do conselho do condomínio enviou a Villi um “aviso final” no final de junho, dando-lhe 48 horas para remover todas as postagens e vídeos do Facebook relacionados à disputa.

Nos autos do tribunal, o conselho alegou que em abril deste ano Villi começou a violar suas ordens judiciais mais uma vez e estava assediando os moradores xingando-os e tirando fotos deles sem permissão.

O presidente do conselho do condomínio também alegou que Villi está acusando os membros de se envolverem em fraudes e outras atividades criminosas em público. Em vista de sua morte, o tribunal encerrou o processo.

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