Padre Kelmon, polêmico candidato à Presidência nas eleições de outubro passado pelo PTB, não é mais da Igreja Ortodoxa do Peru.
Em comunicado publicado na última sexta-feira a instituição afirmou que desligou o brasileiro. Em suas redes, no entanto, o padre afirmou que foi ele quem pediu a saída, para se vincular a outra igreja.
“Decidimos cancelar a Provisão 0025/21 conferida ao Pe. Kelmon Luis da Silva. Também informamos que decidimos desencardinar do clero o Pe. Kelmon Luis da Silva e também o Pe. Lucas Soares Chagas. Dessa forma, os mesmos ficam proibidos de ministrar os sacramentos e de falar em nome da Igreja Ortodoxa do Peru-Tradição canônica Síro Ortodoxa Malankara Indiana”, disse o comunicado feito pelo Facebook.
Nessa segunda-feira (19), o ex-candidato divulgou sua resposta em um comunicado no Instagram e assinado pelo padre João Damasceno.
“Após deliberação entre o Padre Kelmon, eu (João Damasceno) e Padre Nildo (Pedro), decidimos pedir EXCARDINAÇÃO da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. É importante salientar que não fomos desligados por decisão dos clérigos da referida igreja, mas nós que o pedimos e assim foi concedida, somos pois muito gratos pelo tempo que passamos na Igreja do Peru e desejamos bençãos celestiais para todos as suas autoridades eclesiásticas”, afirmam.
Os padres informaram ainda que tomaram a decisão para se vincular à Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior. “O Padre Kelmon está pois apto para celebrar os Santos Sacramentos e foi ELEITO BISPO para as missões no Brasil, dentro em breve ocorrerá sua Sagração”, acrescentam.
Kelmon se tornou um dos temas mais comentados nas redes sociais durante e após o debate de presidenciáveis na TV Globo, na noite do dia 29 de setembro.
Ele entrou na disputa ao Planalto após a impugnação da candidatura do presidente nacional do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, e foi o sétimo mais votado com 81.129 votos (0,07%).
Reprodução/TV Globo
