Charles Sholl/Raw Image/Estadão Conteúdo e Marcelo Camargo/Agência Brasil
O coronel Nivaldo Restivo rejeitou o convite feito pelo futuro ministro Flávio Dino e não fará parte do 'time Lula'.
Ele havia sido anunciado para chefiar a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em nota divulgada nessa sexta-feira (23), Restivo alegou ter “questões familiares de natureza pessoal” para acompanhar.
A indicação de Restivo foi alvo de críticas por uma ligação com o massacre do Carandiru.
O coronel era, à época, tenente do Batalhão de Choque e responsável pelo suprimento do material logístico da tropa em ação. O massacre cometido por policiais resultou na morte de 111 presos no Carandiru.
“Conversei com o Ministro Flávio Dino. Agradeci exaustivamente o honroso convite para fazer parte de sua equipe. Em que pese a motivação e o entusiasmo para contribuir, precisei considerar circunstâncias capazes de interferir na boa gestão”, afirmou o coronel.
“A principal delas é a impossibilidade de conciliar a necessidade da dedicação exclusiva ao importante trabalho de fomento das Políticas Penais, com o acompanhamento de questões familiares de natureza pessoal”, completou.
Esta é a segunda 'baixa' da futura equipe de Dino.
A primeira foi o recuo envolvendo a escolha do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal. O futuro ministro anunciou Edmar Camata para o comando da PRF, mas cancelou a indicação após a divulgação de posicionamentos do policial rodoviário federal a favor da Lava Jato e da prisão de Lula, em 2018.