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26/12/2022 às 13h25min - Atualizada em 26/12/2022 às 13h25min

Atirador que matou 3 em Paris contou a investigadores ter "ódio de estrangeiros"

Homem se descreveu como depressivo e com tendências suicidas, e contou que planejava se matar com uma última bala após o ataque

Redação North News
com informações da Reuters
Sarah Meyssonnier/Reuters
 
O suspeito detido pelo assassinato de três curdos na França contou aos investigadores sobre seu “ódio a estrangeiros”, disse a procuradora de Paris.

O homem de 69 anos foi preso na sexta-feira depois de matar a tiros dois homens e uma mulher em um centro cultural curdo e um café curdo, no 10º distrito de Paris.

Outras três pessoas foram feridas no tiroteio, duas delas ainda estão no hospital, mas fora de perigo.


As mortes chocaram uma comunidade que se preparava para marcar o 10º aniversário do assassinato não solucionado de três ativistas, e provocaram protestos que levaram a confrontos com a polícia.

O suspeito disse durante interrogatório que um roubo em sua casa em 2016 desencadeou um “ódio a estrangeiros que se tornou totalmente patológico”, disse a procuradora Laure Beccuau em comunicado divulgado nesse domingo.

O homem se descreveu como depressivo e com tendências suicidas, e contou que planejava se matar com uma última bala após o ataque, segundo a procuradora.

Uma busca na casa dos pais do suspeito, onde ele morava, não encontrou evidências de qualquer ligação com ideologia extremista, disse ela, acrescentando que ele primeiro procurou vítimas em potencial em um subúrbio da capital francesa, mas abandonou o plano depois de encontrar poucas pessoas no bairro.

Representantes curdos pediram que o tiroteio de sexta-feira seja considerado um ataque terrorista.

O suspeito permanecia em uma unidade psiquiátrica neste domingo, depois que seu interrogatório foi interrompido no sábado por motivos médicos, afirmou a procuradora.

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