Após expectativa de reclassificação, OMS mantém Covid-19 como emergência de saúde pública

Agência diz que a pandemia provavelmente está em um “ponto de transição” que continua precisando de uma gestão cuidadosa para mitigar as possíveis consequências negativas

Fabrice Coffrini/Pool/Reuters

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, nessa segunda-feira (30), que a Covid-19 continua sendo uma emergência de saúde pública de interesse internacional. É a maior forma de alerta.

Na segunda semana de ano, uma porta-voz da entidade havia afirmado publicamente que a OMS poderia redefinir a classificação da pandemia. Na última sexta-feira (27), alguns dos principais especialistas do mundo se reuniram para avaliar se a crise poderia ser declarada como encerrada.

De acordo com a agência, a pandemia provavelmente está em um “ponto de transição” que continua precisando de uma gestão cuidadosa para mitigar as possíveis consequências negativas.

"Embora o mundo esteja em uma posição melhor do que durante o pico da transmissão Omicron há um ano, mais de 170.000 mortes relacionadas ao COVID-19 foram relatadas globalmente nas últimas oito semanas", disse a OMS.
 

The Emergency Committee advised the DG that the #COVID19 pandemic remains a Public Health Emergency of International Concern. @DrTedros accepted the advice of the Committee.

See their statement:
https://t.co/1fKPcWh1JN pic.twitter.com/4TMnU3s4P0

— World Health Organization (WHO) (@WHO) January 30, 2023

Para a OMS, uma ação de saúde pública a longo prazo é "criticamente necessária".

"Embora a eliminação deste vírus de reservatórios humanos e animais seja altamente improvável, a mitigação de seu impacto devastador sobre a morbidade e mortalidade é alcançável e deve continuar a ser uma meta prioritária".

Já se passaram três anos desde que a OMS declarou pela primeira vez que a Covid representava uma emergência de saúde global. Mais de 6,8 milhões de pessoas morreram durante o surto, que atingiu todos os países da Terra, devastando comunidades e economias. Em três anos, o FMI estima que a emergência gerou perdas de US$ 13 trilhões.