Brasil vai emitir 12 milhões de passagens aéreas a R$ 200 por ano, diz ministro de Lula

Entenda quem terá acesso ao novo programa, que deve começar no segundo semestre de 2023

Diogo Moreira

 

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou, nessa segunda-feira, que um novo programa do governo terá passagens aéreas a R$200 para estudantes do Fies, aposentados e pensionistas do INSS e servidores que ganham até R$ 6,8 mil.

À CNN França disse que a estimativa é emitir 12 milhões de passagens aéreas anualmente, no programa chamado “Voa, Brasil”.

Ideia é comprar assentos ociosos nas aeronaves e oferecer os bilhetes durante os meses de menor procura.

Ainda não há detalhes sobre como será o programa. Segundo França, a ideia será apresentada ao governo e depois levada as companhias aéreas. As compras deverão ser feitas em aplicativos veiculados a bancos estatais. O ministro destacou ainda que não se trata de um subsídio, mas sim de um acordo intermediado pelo governo.

“O Governo Federal não entra com nenhum tipo de subsídio. Ele entra com a organização e os bancos, Caixa ou Banco do Brasil, que vão intermediar essa possibilidade”, explicou o ministro.

Ao Correio Braziliense o ministro completou que “o plano está montado".

"Agora é uma questão de o governo concordar. Será uma revolução na aviação brasileira. A meta é encontrar passagens a R$ 200 (o trecho), R$ 400 ida e volta, de qualquer lugar do país”, declarou.

“O que estamos buscando é comprar a ociosidade dos espaços. As companhias brasileiras chegam na faixa de 30 milhões de passageiros, cada uma delas, operando com 78% a 80% de vagas ocupadas. Outras 20% saem vazias. Eu quero essas vagas para as pessoas que não voam”.

Segundo França, previsão é que o programa comece a funcionar no segundo semestre desse ano, inicialmente ocupando 5% da ociosidade nos voos.

Estudantes, aposentados, pensionistas e servidores poderão comprar duas passagens por ano a R$ 200 e parcelar em 12 vezes por meio de financiamento.

“Com isso, vamos baratear todas as passagens. A medida que você não tem mais ociosidade, as outras passagens também podem ficar mais baratas”, acrescentou.