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11/04/2023 às 09h28min - Atualizada em 11/04/2023 às 09h28min

Entenda o caso das brasileiras presas na Alemanha após troca de malas

Jeanne Paolini e Kátyna Baía tiveram bagagens trocadas por drogas por criminosos dentro do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos

Redação North News
com informações CNN
Reprodução G1 e Arquivo Pessoal
 
Uma viagem de turismo acabou virando uma investigação da Polícia Federal e um imbróglio entre Alemanha e Brasil.

Em março deste ano, Jeanne Paolini e Kátyna Baía tiveram as etiquetas das bagagens trocadas por malas com drogas, sendo detidas quando chegaram ao território alemão.

Elas estão presas em Frankfurt, e descreveram o ambiente como “desesperador”, segundo informou a advogada que as representa, Luna Provázio Lara de Almeida.

“Elas falam que é desesperador ficarem presas na cela, porque é uma cela pequena, bastante fechada. Elas não estão bem de saúde física e mental. Estão sofrendo muito”, explicou a defensora à CNN.

Veja o que se sabe sobre o caso: troca de malas no aeroporto
Segundo apuração da Polícia Federal, ambas saíram do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), fazendo escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Porém, neste segundo local tiveram as etiquetas trocadas por um grupo criminoso com malas carregadas de drogas.

Ambas negam, ainda segundo a PF, terem cometido o crime.

A polícia brasileira aponta uma série de evidências que comprovam que não há envolvimento das brasileiras com o transporte ilegal, pois não correspondem ao padrão usual das chamadas “mulas do tráfico”.

Foi realizada uma operação na semana passada para combate ao tráfico internacional de drogas por meio de troca de bagagens em aeroportos.

Combate à ação criminosa
Em São Paulo, foram cumpridos seis mandados judiciais de prisão temporária contra funcionários de empresas terceirizadas que atuam dentro do aeroporto para as companhias aéreas.

As investigações apontam que o grupo criminoso enviou 40 quilos de cocaína para a Alemanha por meio da troca de bagagens. Na ação, o grupo criminoso retirava etiquetas da bagagem despachada e as colocava em malas contendo drogas.

O grupo ainda se dividia da seguinte forma: alguns trocavam as etiquetas e tiravam fotos das malas. A outra parte fazia o transporte da bagagem do terminal doméstico para o internacional.

Jeanne, médica veterinária, e Kátyna, empresária, são casadas.

Em entrevista à CNN, a advogada que as representa informou como elas estão e que suas clientes tinham a expectativa de um processo “muito mais rápido para provar a inocência delas”.

Justiça da Alemanha
A Justiça alemã iniciou o trâmite para analisar a soltura das brasileiras e, conforme afirmou a Polícia Federal, as autoridades estão tratando do assunto via Embaixada brasileira em Berlim. A audiência de custódia foi realizada no dia 5 de abril.

Porém, de acordo com a advogada de Jeanne e Kátyna, as autoridades alemãs querem ter acesso às provas através do Ministro da Justiça do Brasil e do Itamaraty, que é o responsável no Executivo para envio de documentação relacionados a presos em outros países. Até lá, as duas brasileiras permanecerão detidas.

“No âmbito do Brasil, de suporte, estamos bem atendidos. No âmbito lá da Alemanha, a impressão é que o juiz e o promotor do caso sabem da importância da situação, estão por dentro, mas infelizmente são mais burocráticos e rígidos”, disse Lara de Almeida.

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