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22/06/2023 às 10h40min - Atualizada em 22/06/2023 às 10h40min

Veículo subaquático do Canadá chega ao fundo do mar para procurar pelo Titan; tempo estimado para fim do oxigênio acabou

“Precisamos de um milagre”, diz especialista após fim de oxigênio em submarino; veículo submersível desceu às profundezas do Oceano Atlântico, com cinco ocupantes para visitar os destroços do Titanic

Júnior Mendonça
com informações CTV News e CNN
OceanGate Expeditions via AP
 
O navio canadense Horizon Arctic implantou um veículo subaquático operado remotamente (ROV) que alcançou o fundo do mar e iniciou sua busca pelo submersível OceanGate desaparecido, informou a Guarda Costeira dos EUA na manhã dessa quinta-feira.

Uma embarcação francesa, L'Atalante, também se juntou à busca e enviou um ROV para o esforço.

O suprimento estimado de oxigênio no submersível desaparecido atingiu sua marca máxima estimada de 96 horas na manhã dessa quinta-feira e não há pistas sobre a localização da embarcação.

O submersível, chamado Titan, desapareceu na costa de St. John's no início da manhã de domingo durante um mergulho nos destroços do Titanic.

A Associated Press informou que o suprimento de ar deveria terminar entre 6h e 8h dessa, com base nas informações fornecidas pela Guarda Costeira dos EUA e pela OceanGate Expeditions, proprietária e operadora do submersível.

O Titan leva cinco passageiros: Hamish Harding, um bilionário e explorador; Paul-Henry (PH) Nargeolet, um explorador francês; Shahzada Dawood e seu filho, Suleman, membros de uma proeminente família paquistanesa; e o CEO da OceanGate e piloto da Titan, Stockton Rush.

Nessa terça-feira, uma aeronave canadense captou "ruídos subaquáticos" de uma área da busca. Os oficiais rapidamente abasteceram a área com equipes na esperança de encontrar a localização do submersível.

Mais sons foram ouvidos na quarta-feira, mas as autoridades não conseguiram determinar se eram provenientes do submersível.

Seguindo as pistas, as autoridades abasteceram a área onde os ruídos foram ouvidos com ROVs do navio canadense Horizon Arctic e do navio francês L'Atalante.

Os navios se juntam ao canadense CGS Ann Harvey, ao canadense CGS Terry Fox, ao navio canadense Glace Bay de Sua Majestade, que carrega uma câmara de descompressão móvel e pessoal médico, e um ROV da Magellan, disse um comunicado de imprensa da Guarda Costeira dos EUA.

Um C-130 da Guarda Nacional Aérea e aviões da Força Aérea Real Canadense (RCAF) também estão no local.  

'Um dia crítico'
Nessa quinta-feira, o co-fundador da OceanGate Guillermo Sohnlein escreveu no Facebook: "hoje será um dia crítico".

“Tenho certeza de que Stockton (Rush) e o restante da tripulação perceberam dias atrás que a melhor coisa que podem fazer para garantir o resgate é estender os limites desses suprimentos (de oxigênio) relaxando o máximo possível”, disse Sohnlein. “Acredito firmemente que a janela de tempo disponível para o resgate é maior do que a maioria das pessoas pensa”.

Autoridades disseram na quarta-feira que os esforços para encontrar o submersível aumentariam de hora em hora durante a noite de quinta-feira.

O submersível estava indo para o local do naufrágio do Titanic em 1912, localizado a aproximadamente 600 quilômetros da costa da província canadense Newfoundland, a uma profundidade de cerca de 3.800 metros.

A tripulação a bordo do navio de apoio, o Polar Prince, perdeu contato com o submersível no domingo, uma hora e 45 minutos após o mergulho.

A OceanGate Expeditions realiza passeios ao transatlântico britânico desde 2021. Desde o desaparecimento, surgiram detalhes de um relatório de engenharia de 2018 alegando problemas com a estrutura do submersível.

“Precisamos de um milagre”
As equipes que procuram o submersível desaparecido “precisam de um milagre” para encontrá-lo antes que o suprimento de oxigênio acabe, disse um explorador de águas profundas à CNN.

“A boa notícia é que milagres podem acontecer”, acrescentou David Gallo, consultor sênior de Iniciativas Estratégicas da RMS Titanic Inc.

“Temos que não pensar no relógio o tempo todo e ir o mais rápido possível”, disse Gallo à CNN.

“É difícil porque os oceanos são totalmente escuros – você só pode usar o som para obter imagens de forma eficaz e precisa estar bem acima do objeto para realmente vê-lo”, disse ele.

Gallo é colega do mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, um dos passageiros do submarino. Ele disse que Nargeolet, um explorador experiente, garantiria que os ruídos de batidas captados pelas equipes de busca “não pudessem ser interpretados como nada além de humanos”, se de fato os ruídos viessem de dentro da embarcação.
 
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