A temperatura média da Terra estabeleceu um novo recorde não oficial nessa quinta-feira, o terceiro marco em uma semana que já foi considerada a mais quente já registrada.
A média planetária atingiu 63 graus Fahrenheit, pouco mais de 17 graus Celsius, superando a marca de 62,9 graus (marca de 17,18 graus Celsius) definida na terça-feira e igualada na quarta-feira, de acordo com dados do Climate Reanalyzer da Universidade do Maine, uma ferramenta que usa dados de satélite e computador simulações para medir a condição do mundo.
Essa média inclui lugares que estão 'sufocando' sob um calor perigoso, como Jingxing, na China, que chegou a quase 110 graus Fahrenheit (43,3 graus Celsius), e os anormalmente quentes, como a Antártica, onde as temperaturas em grande parte do continente eram tanto como 8 graus Fahrenheit (4,5 graus Celsius) acima do normal nesta semana.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica emitiu nessa quinta-feira uma nota de cautela sobre as descobertas da ferramenta do Maine, dizendo que não poderia confirmar os dados que resultam em parte da modelagem por computador.
"Embora a NOAA não possa validar a metodologia ou a conclusão da análise da Universidade do Maine, reconhecemos que estamos em um período quente devido às mudanças climáticas", disse a NOAA.
Ainda assim, os dados do Maine têm sido amplamente considerados como outro sinal preocupante da mudança climática em todo o mundo. Alguns cientistas do clima disseram esta semana que não ficaram surpresos ao ver os registros não oficiais.
Robert Watson, cientista e ex-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, disse que os governos e o setor privado "não estão realmente comprometidos em lidar com as mudanças climáticas". Nem os cidadãos, disse ele.
"Eles exigem energia barata, comida barata e não querem pagar o verdadeiro custo da comida e da energia", disse Watson.
Andy Wong | AP
