O presidente afastado da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales afirmou nesse domingo que irá renunciar à presidência da entidade.
A declaração foi dada inicialmente ao jornalista britânico Piers Morgan, que divulgou um trecho da entrevista nas redes sociais. Na sequência, o dirigente publicou uma carta na qual informou seu desligamento.
“Hoje eu transmiti às 21h30 [da Espanha] para o presidente em exercício, Pedro Rocha, minha renúncia ao cargo de presidente da RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol). Também informei a ele que fiz o mesmo com o meu cargo na Uefa, para que meu posto na vice-presidência da entidade possa ser substituído”, disse Rubiales na carta.
“Diante da rápida suspensão realizada pela Fifa, além do resto de procedimentos abertos contra a minha pessoa, é evidente que não poderei voltar ao meu cargo. (…) Tenho fé na verdade e farei de tudo para que ela prevaleça.”
No retorno da delegação espanhola ao país após a conquista do título, o dirigente falou publicamente em uma assembleia extraordinária da federação, no dia 25 do mês passado, que não renunciaria. Rubiales também falou em “beijo consentido” e “falso feminismo”.
Um dia depois das declarações, a Fifa suspendeu o espanhol do cargo de presidente da federação por 90 dias, além de ser proibido de entrar em contato (inclusive por intermediários) com Jenni Hermoso.
A jogadora negou que o beijo tenha sido com seu consentimento e, na última semana, apresentou queixa contra Luis Rubiales.
O Ministério Público espanhol também apresentou queixa contra o presidente suspenso da Real Federação Espanhola de Futebol “pelos crimes de agressão sexual e coerção contra Jennifer Hermoso”, segundo um comunicado do órgão.
Esta queixa — que faz parte dos processos judiciais espanhóis — abre caminho para que o Supremo Tribunal inicie uma investigação formal contra Rubiales e comece a recolher provas, que poderão levar a possíveis acusações.