Um juiz de Nova York considerou Donald Trump e os seus filhos adultos responsáveis por fraude, e afirmou que eles forneceram demonstrações financeiras falsas durante cerca de uma década.
A decisão do juiz Arthur Engoron foi tomada dias antes do processo civil do gabinete do procurador-geral de Nova York contra o ex-presidente ir a julgamento.
No despacho, foi rejeitado o depoimento em que o político afirmou que as demonstrações financeiras não eram fraudulentas, porque continham “isenções de responsabilidade”. Trump disse que as declarações continham uma cláusula para alertar aos credores e a outros que não eram confiáveis.
Nessa terça-feira, o juiz disse que “a confiança dos réus nessas isenções de responsabilidade ‘inúteis’ é inútil”.
O processo alega que Trump, três de seus filhos, suas empresas e seus executivos fraudaram credores, seguradoras e outras entidades, e que o ex-presidente obteve um benefício financeiro “substancial” ao apresentar informações equivocadas em suas demonstrações financeiras, incluindo 150 milhões de dólares (cerca de R$ 748 milhões, na cotação atual) sob a forma de taxas de juro favoráveis que obteve dos bancos.
Engoron disse que as questões restantes para julgamento são determinar a responsabilidade em outras reivindicações do processo, bem como a quantia que deveria ser paga por Trump e pelos outros réus.