Homem de Montreal entre os mortos em ataque a Israel por terroristas do Hamas, diz família

Pelo menos 260 pessoas foram mortas e outras foram feitas reféns depois que dezenas de militantes do Hamas abriram fogo no festival, no que foi descrito como o pior massacre de civis na história de Israel

THE CANADIAN PRESS/AP-HO, South First Responders

 

Acredita-se que um homem de Montreal esteja entre as vítimas fatais do ataque de terroristas do Hamas em Israel no fim de semana.

De acordo com Alain Haim Look, seu filho Alexandre Look foi morto em Israel no sábado, enquanto tentava salvar as pessoas ao seu redor. "Como um verdadeiro guerreiro, ele partiu como um herói ao querer proteger as pessoas que estavam com ele", escreveu o pai no Facebook.

"Alex era uma força da natureza, dotado de um carisma único e de uma generosidade sem igual. O mundo nunca mais será o mesmo sem você".

Uma porta-voz do Chabad of Westmount Education Centre disse que conhece os pais de Look, que fazem parte da comunidade do centro, e confirmou a autenticidade da postagem.

Devorah Shanowitz, diretora de educação do centro, descreveu os pais em uma entrevista por telefone como "pessoas de boa índole, trabalhadoras e muito orgulhosas de seu filho".

'Eles não são combatentes da liberdade': Trudeau discursa em centro comunitário judaico após ataque terrorista do Hamas https://t.co/44itmnw56e pic.twitter.com/T7i1tVOICn

— Jornal North News (@NorthNewsJornal) October 10, 2023

Ela disse que os rabinos do centro visitaram a família, e a organização está iniciando um fundo de emergência para ajudá-los. Uma campanha de arrecadação de fundos foi criada no site charidy.com.

A Global Affairs Canada disse em um comunicado na tarde de domingo que estava ciente dos relatos de um canadense que morreu em meio aos combates e de outros dois que estão desaparecidos.

Os pais disseram à CBC que Look estava entre os 3.500 jovens que participavam de um festival de música ao ar livre quando este foi atacado. A mãe de Look, Raquel Ohnona Look, disse à emissora que estava em uma chamada de vídeo com seu filho enquanto o ataque acontecia.

Ela disse que ouviu gritos e choro, a voz de seu filho e, em seguida, tiros. "Eles mataram meu filho enquanto falávamos".

Pelo menos 260 pessoas foram mortas e outras foram feitas reféns depois que dezenas de militantes do Hamas abriram fogo no festival, no que foi descrito como o pior massacre de civis na história de Israel.

O ataque do Hamas no fim de semana e a resposta de Israel deixaram cerca de 1.600 mortos e milhares de feridos em ambos os lados pelo menos até o final da segunda-feira, com esse número aumentando rapidamente.

Shanowitz disse que os membros da comunidade judaica de Montreal estão lutando para entender a violência extrema que testemunharam de longe nos últimos dias.

"Acho que as pessoas estão sentindo uma grande sensação de choque, uma grande sensação de pesar e também, eu diria, uma grande sensação de indignação com a insensibilidade, o direcionamento de civis, o assassinato premeditado e hediondo de civis", disse ela.

Shanowitz disse que não está claro quando a família Look poderá velar seu filho com um serviço judaico, que tradicionalmente vem depois que os restos mortais são enterrados, devido à complexidade de repatriar seu corpo.