14/11/2023 às 15h14min - Atualizada em 14/11/2023 às 15h14min
Novo resgate de brasileiros em Gaza não será fácil nem rápido, avaliam autoridades
Segunda operação depende de uma outra negociação com as autoridades que controlam a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, e dos critérios que serão estabelecidos
Ao receber os 32 repatriados de Gaza nesta segunda-feira (13), na Base Aérea de Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comprometeu em buscar autorização para retirar um segundo grupo de brasileiros e familiares.
Mas uma nova repatriação de brasileiros e familiares na Faixa de Gaza não será fácil, nem rápido, segundo apurou a CNN.
Diplomatas que participam diretamente das negociações são reticentes ao comentar sobre essa segunda repatriação. Isso porque uma nova operação depende de uma outra negociação com as autoridades que controlam a passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, e dos critérios que serão estabelecidos.
A operação de resgate da saída brasileiros foi negociada com Israel, Egito e até mesmo com o Hamas.
Integrantes do Itamaraty ressaltam que dos 7 mil estrangeiros em Gaza, apenas metade deixou a área de conflito nas últimas duas semanas.
De acordo com fontes do Itamaraty, a Representação do Brasil junto à Palestina fez uma ampla consulta sobre os interessados em deixar o país. De acordo com elas, todos que manifestaram desejo de repatriação até o dia 24 de outubro foram incluídas na lista.
Segundo a CNN apurou, ainda há cerca de 40 e 50 pessoas, entre brasileiros e familiares próximos, interessados em deixar Gaza.
Na base área, o presidente Lula recebeu apelos de Hasan Rabee e de Shahed Al-Banna, dois repatriados que discursaram ao chegar ao Brasil. Eles pediram ajuda para trazer familiares que ficaram na região mais crítica do conflito.
“A gente vai tentar fazer todo esforço que estiver ao alcance da diplomacia brasileira para tentar trazer os brasileiros que lá estão e que querem voltar ao Brasil”, declarou Lula.