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25/11/2023 às 18h45min - Atualizada em 25/11/2023 às 18h45min

Terroristas do Hamas libertam 13 israelenses e quatro estrangeiros após impasse e atraso

Cruz vermelha diz que segundo grupo reféns estão a caminho da passagem de Rafah

Redação North News
com informações CNN e g1
Reféns liberados pelo grupo terrorista Hamas no 2º dia de cessar-fogo (Reuters)
 
O grupo terrorista Hamas soltou, na noite deste sábado (25), o segundo grupo de reféns feitos no dia do ataque de 7 de outubro a Israel. Os 17 reféns, 13 israelenses e quatro tailandeses, cruzaram a fronteira entre a Faixa de Gaza e Rafah, no Egito, em veículos da Cruz Vermelha e estão a caminho de Kerem Shalom, kibutz no sul de Israel.

Também neste sábado, Israel cumpriu o acordo para a troca de reféns e prisioneiros com Hamas e liberou 39 palestinos que estavam presos no país desde antes do início da guerra.

Mais cedo, terroristas da Brigada Izz el-Deen al-Qassam, braço armado do Hamas, haviam afirmado que decidiram atrasar a liberação porque Israel deixou de cumpriu com termos do acordo de trégua.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o grupo terrorista adiou a segunda libertação de reféns até que Israel permita a entrada de caminhões com itens de ajuda humanitária no norte de Gaza.

A expectativa, segundo as Forças de Defesa da Faixa de Gaza, era que 200 caminhões entrassem no território neste sábado. Israel afirmou que apenas 50 caminhões haviam tido acesso ao local, até a última atualização desta reportagem.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que pelo menos 213 pessoas ainda são mantidas como reféns em Gaza pelo grupo terrorista Hamas.

Nesta sexta-feira (24), quando aconteceu o primeiro dia de trégua, o Hamas liberou os primeiros 24 reféns. Foram 13 mulheres e crianças israelenses, dez cidadãos tailandeses e um filipino.

O grupo, que estava sob poder do Hamas em Gaza, foi sequestrado durante os ataques do grupo terrorista ao sul de Israel, em 7 de outubro.

Nos próximos dias, mais reféns serão libertados. O acordo prevê que o Hamas solte mais de 50 reféns, em troca da trégua temporária nos ataques, que começou na madrugada desta sexta, e da soltura de prisioneiros palestinos, que já estavam detidos antes de a guerra começar.

O primeiro grupo foi transferido de diferentes presídios onde estavam, todos na Cisjordânia, e levados a um centro penitenciário da cidade de Ramala para, de lá, serem libertados.

Cessar-fogo
O acordo começou a vigorar às 7h no horário local (2h em Brasília). O cessar-fogo vale no norte e no sul de Gaza, informou o Ministério das Relações Exteriores do Catar, que mediou o acordo. O Hamas confirmou em seu canal no Telegram que todas as hostilidades de suas forças vão cessar.

O Catar disse que uma sala de operações em Doha vai monitorar a trégua e a libertação dos reféns, e que mantém linhas diretas de comunicação com Israel, com o escritório político do Hamas em Doha e com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

O Egito, que também está envolvido na mediação, recebeu listas de reféns e prisioneiros que devem ser libertados e pediu a ambos os lados que respeitem o acordo, disse Diaa Rashwan, chefe do serviço de informações do Estado egípcio, em um comunicado.

Segundo o presidente do Serviço Estatal de Informação do Egito, Diaa Rashwan, o país tem tido longas conversas com Israel e Hamas para tentar entrar um acordo sobre estender o acordo de quatro dias de trégua, o que significaria "a soltura de mais reféns detidos em Gaza e prisioneiros palestinos".

Relembre o que aconteceu
Em 7 de outubro, homens armados do grupo terrorista Hamas atravessaram a cerca da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, mataram 1.200 pessoas e capturaram cerca de 240 pessoas, de acordo com os israelenses.

Nesse mesmo dia, Israel declarou guerra ao Hamas e começou a atacar a Faixa de Gaza. Cerca de 13 mil habitantes de Gaza foram mortos pelos bombardeios israelenses, cerca de 40% deles crianças, segundo autoridades de saúde palestinas, ligadas ao Hamas (esses números não foram checados por alguma entidade independente).

Os serviços de saúde palestinos disseram que tem sido cada vez mais difícil manter uma contagem atualizada, pois o serviço de saúde tem sido prejudicado pelos bombardeios israelenses.

Antes do cessar-fogo de sexta-feira (24), os combates estavam ainda mais intensos do que o normal. Jatos israelenses atingiram mais de 300 alvos, e tropas estavam envolvidas em combates ao redor de Jabalia, ao norte da Cidade de Gaza.

Um porta-voz do exército disse que as operações continuariam até que as tropas recebessem a ordem de parar. Do outro lado da cerca da fronteira em Israel, nuvens de fumaça podiam ser vistas pairando sobre a zona de guerra do norte de Gaza, acompanhadas por sons de tiros pesados e explosões estrondosas.

Israel diz que os combatentes do Hamas usam edifícios residenciais e outros prédios civis, inclusive hospitais, como cobertura. O Hamas nega.

A mídia palestina informou que pelo menos 15 pessoas morreram em ataques aéreos em Khan Younis, a principal cidade do sul de Gaza. A agência de notícias Reuters não conseguiu verificar de forma independente o número de mortos.

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