08/12/2023 às 14h32min - Atualizada em 08/12/2023 às 14h32min
1 em cada 9 adultos no Canadá apresentou sintomas de longo prazo da infecção por COVID-19
Dois terços dos adultos canadenses que tentaram obter serviços de saúde para seus sintomas de longo prazo dizem que não receberam tratamento ou apoio suficiente, revela relatório da Statistics Canada
Cerca de um em cada nove adultos no Canadá apresentou sintomas de longo prazo da infecção por COVID-19, de acordo com um relatório do Statistics Canada divulgado nessa sexta-feira.
Isso equivale a 3,5 milhões de canadenses, segundo o relatório. Quase 80% das pessoas com sintomas de longo prazo os apresentam por seis meses ou mais.
Além disso, mais da metade das pessoas que já tiveram sintomas de longo prazo ainda os tinham em junho de 2023.
"Entre os canadenses que relataram já ter tido sintomas de longo prazo, aqueles que continuam a ter esses sintomas (58,2%) superam aqueles que relataram que eles foram resolvidos (41,8%)", disse o relatório.
A COVID longa, também conhecida como condição pós-COVID-19, é definida pela Organização Mundial da Saúde como sintomas que persistem por três meses ou mais após a infecção e que não podem ser explicados por nenhum outro motivo.
As descobertas do StatCan não são surpreendentes, disse Manali Mukherjee, professor assistente de medicina da Universidade McMaster, especializado em doenças respiratórias e imunologia.
"Há um subconjunto de pacientes com sintomas prolongados de COVID que afetam sua qualidade de vida e sua produtividade diária", disse Mukherjee, que é pesquisadora de COVID há muito tempo e também passou cerca de 18 meses se recuperando de seus próprios sintomas.
Os sintomas mais comuns da COVID-19 longa são névoa cerebral, fadiga e falta de ar, disse ela.
Dois terços dos adultos canadenses que tentaram obter serviços de saúde para seus sintomas de longo prazo dizem que não receberam tratamento ou apoio suficiente, segundo o relatório da StatCan.
Pesquisas mostram que a vacinação contra a COVID-19 reduz o risco de contrair a COVID longa, bem como a gravidade dos sintomas, disse Mukherjee.
THE CANADIAN PRESS/Jeff McIntosh
