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15/12/2023 às 15h18min - Atualizada em 15/12/2023 às 15h18min

Alvo da PF, Renato Cariani tem contrato com marca de suplementos suspenso

A empresa reforçou que o influenciador não faz parte de seu quadro societário

Redação North News
com informações CNN
O influenciador Renato Cariani chegou a divulgar produtos da marca em suas redes sociais (Reprodução | Instagram)
 
Em meio a uma investigação por suspeitas de ligações com o tráfico de drogas, Renato Cariani, de 47 anos, foi informado sobre a suspensão do contrato que ele mantinha com uma das empresas líderes na fabricação de suplementos alimentares.

Por nota, o Grupo Supley, que se apresenta como o principal laboratório de alimentos e suplementos nutricionais do Brasil, sendo proprietário das marcas Max Titanium, Probiótica, e Dr. Peanut, divulgou o comunicado suspendendo todas as atividades de marketing que envolvem a participação do influenciador.

De acordo com o comunicado, a marca decidiu aguardar “com serenidade os próximos passos da referida investigação e a avaliação imparcial do caso”. Além disso, a empresa reforça que Renato Cariani nunca esteve em seu quadro societário.


“Renato Cariani nunca ocupou posições como sócio, acionista ou administrador em nossa empresa. Sua função era promover determinados produtos do Grupo em plataformas de mídia social”, segundo comunicado.

A empresa também esclareceu que o Grupo Supley não possui vínculos comerciais com a Anidrol, indústria química investigada pela PF.

Investigação contra a empresa do influenciador
A Polícia Federal (PF) realizou nesta semana a operação Hinsberg para investigar o desvio de produtos químicos para a fabricação de drogas. De acordo com a instituição, a empresa Anidrol Produtos para Laboratórios LTDA seria um entreposto de produtos químicos para abastecimento do tráfico de drogas.

O influencer Renato Cariani, que tem mais de 7 milhões de seguidores apenas no Instagram, é sócio-proprietário da empresa investigada. De acordo com a PF, os insumos desviados poderiam produzir 15 toneladas de crack.

A Investigação também mostrou que um dos compradores dos produtos da Anidrol é um homem ligado ao tráfico de drogas, que já havia sido detido pela PF em uma operação anterior. Ele se passou por funcionário da AstraZeneca e chegou a realizar pagamentos para a empresa de Cariani.

Os policiais também descobriram fraudes na forma em que os produtos eram retirados da Anidrol. Há anotações de que, de uma vez só, os suspeitos retiraram 1 tonelada de insumos em uma única viagem de moto.

Em um vídeo publicado no Instagram no início da tarde de terça-feira (12), Cariani afirmou que foi “surpreendido” pela ação dos investigadores.

“Eu fui surpreendido com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa. Fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas em um processo que eu não sei [o teor], porque ele corre em processo [segredo] de Justiça”, disse.

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