24/06/2024 às 14h03min - Atualizada em 24/06/2024 às 14h03min
Chuva volta a causar alerta no Rio Grande do Sul e MS declara emergência em municípios atingidos por incêndios florestais
Meteorologistas preveem temporal na quarta-feira (26) em Porto Alegre; o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), publicou nesta segunda-feira (24) um decreto que declara situação de emergência por 180 dias nos municípios do estado que foram afetados por incêndios florestais
Imagens do Guaíba, em Porto Alegre e os focos de incêndio no Pantanal sul-mato-grossense | André Rigue/CNN e CBMMS/Divulgação
O nível do Lago Guaíba apresentou alta de 20 centímetros em 12 horas entre a noite deste domingo (23) e a manhã desta segunda-feira (24). De acordo com o monitoramento realizado pelo Sistema Geológico do Brasil (SGB).
A medição realizada às 19h de ontem mostrava que a água atingia 3,2 metros. O nível do lago chegou a 3,4 metros às 7h de hoje na capital gaúcha.
Apesar da rápida subida, o Guaíba ainda está a alguns centímetros da cota de inundação, fixada em 3,6 metros. Segunda o SGB, demoraria 2 dias e 11 horas para o lago chegar a esta marca, em Porto Alegre, nas atuais condições meteorológicas.
Previsão do Tempo De acordo com os meteorologistas da Climatempo, a região metropolitana de Porto Alegre terá o céu encoberto durante a manhã desta segunda-feira, com possibilidade de pancadas de chuva, que vão diminuindo ao decorrer do dia, até que o tempo se firme no período da noite. Na quarta-feira (26), são esperados temporais durante todo o dia.
Alertas no estado Há alerta de chuvas fortes na região da Serra Gaúcha nesta segunda-feira, com possibilidade de quedas de raios e granizo, segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul. O Rio Jacuí tem alerta para elevação de nível, podendo causar inundações a partir da cidade de Cachoeira do Sul.
Mato Grosso do Sul O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), publicou nesta segunda-feira (24) um decreto que declara situação de emergência por 180 dias nos municípios do estado que foram afetados por incêndios florestais.
Durante esse período, ações que estão relacionadas ao desastre e possuem o foco voltado para a reabilitação e reconstrução do cenário estão autorizadas e podem ser mobilizadas pelos órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil do Mato Grosso do Sul.
Entre os locais que estão inclusos no decreto assinado pelo governador se destacam parques, áreas de proteção e preservação nacionais. Nos casos mais urgentes, agentes da defesa estão liberados para entrar em casas para prestar socorro, determinar a evacuação e utilizar a propriedade particular.
Assim, não há a necessidade de realizar licitação nos casos de emergência ou calamidade pública, com o objetivo de não comprometer a continuidade dos trabalhos públicos em relação a obras, aquisição de equipamentos e serviços.
De acordo com o governo do estado, a situação de emergência foi declarada como resultado da junção de diversos fatores, entre eles:
Período de seca que o Mato Grosso do Sul tem enfrentado (com casos de estiagem prolongada e aumento significativo de calor);
Impactos das queimadas para agropecuária pantaneira.
O Pantanal enfrenta uma grave crise ambiental devido aos incêndios florestais que assolam o bioma. Em entrevista à CNN na última terça-feira (18), Gustavo Figueiroa, biólogo do SOS Pantanal, afirmou que a situação atual é 96% pior do que em 2020, ano recorde em queimadas na região.