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06/12/2024 às 16h06min - Atualizada em 06/12/2024 às 16h06min

Com acordo Mercosul-UE, posso ir para Europa trabalhar? Entenda

Especialistas explicam requisitos necessários para imigrantes trabalharem no Velho Continente

Redação North News
com informações CNN
Foto: Organisation for Economic Co-operation and Development
 
A resposta para a pergunta no título é simples: não. O acordo assinado entre o Mercosul e a União Europeia (UE) visa facilitar o comércio, a troca de bens entre as partes.

Em seus dispositivos, não são contempladas medidas que visam flexibilizar políticas de imigração ou de trabalho entre os dois blocos comerciais.

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“Portanto, o acordo não facilita diretamente a obtenção de permissões de trabalho para brasileiros na UE”, aponta diretamente Fernando Canutto, sócio do Godke Advogados e especialista em Direito Empresarial Internacional.

Leonardo Neves Paz, professor de Relações Internacionais do Ibmec-RJ, reforça o ponto ao enfatizar que “não está coberto, dentro desse acordo que está sendo discutido nesse momento, a questão de brasileiros trabalharem na Europa, terem vistos ou coisa parecida”.

Regras de origem, comércio de serviços, compras governamentais, propriedade intelectual, barreiras técnicas, defesa comercial e outros tópicos são alguns sobre os quais o acordo Mercosul-UE versa.

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Ok, mas e hoje em dia? O que posso fazer para trabalhar na Europa?
A legislação europeia sobre imigração e trabalho para estrangeiros varia entre os Estados-Membros, mas, em geral, a UE estabelece diversas condições para a entrada e residência de imigrantes para fins de trabalho, segundo Canutto.

Dentre as principais diretrizes observadas, o advogado e Leonardo Neves Paz destacam requisitos como:
  • Obtenção de visto de trabalho;
  • Obtenção de uma oferta de emprego prévia; ou seja, o imigrante deve chegar ao país já com vaga garantida, e não procurar uma após a chegada. “Geralmente você tem uma companhia que se responsabiliza, patrocina, o visto desse indivíduo”, diz o professor de RI do Ibmec-RJ;
  • Comprovação de qualificação profissional. De modo que os trabalhadores altamente qualificados de países terceiros podem requerer um Cartão Azul da UE para poder viver e trabalhar na região;
  • Realização de processos seletivos que demonstrem a inexistência de nativos qualificados para a vaga.
Fernando Canutto reforça que “além disso, cada país da UE pode implementar políticas adicionais, tornando o processo de imigração para trabalho mais restritivo.”

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“Brasileiros interessados em trabalhar na Europa devem seguir os procedimentos estabelecidos por cada país membro da UE, atendendo aos critérios específicos para a obtenção de vistos e autorizações de trabalho”, indica o especialista em Direito Empresarial Internacional.

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