Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente do Brasil (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou por um novo procedimento para bloquear o sangramento no cérebro nesta quinta-feira (12), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Era 8h29 quando o médico pessoal de Lula, Dr. Roberto Kalil, afirmou que tudo ocorreu com sucesso. durou menos de uma hora e que o presidente está acordado e conversando.
De acordo com o médico, a medida faz parte do protocolo e é complementar à cirurgia, feita para minimizar o risco de que hemorragias aconteçam no futuro.
Lula e a primeira-dama Janja da Silva fizeram questão de divulgar no boletim médico desta quarta-feira (11) o procedimento que ele foi submetido.
O aviso para Janja sobre o procedimento de Lula aconteceu ainda na madrugada de terça-feira (10).
Na ocasião, a equipe médica se reuniu com Janja, passou as informações sobre a operação realizada, o processo de recuperação e alertou sobre a possibilidade real de um novo procedimento ser feito nos próximos dias para complementar o processo de drenagem e evitar novos sangramentos.
Entretanto, explicaram que o momento para esse processo suplementar ainda seria avaliado.
Passadas mais de 48h após a cirurgia, a junta médica optou por marcar a nova intervenção para esta manhã.
Como é o procedimento que Lula vai passar? Apesar do tratamento padrão, para João Brainer, neurologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), não existe uma garantia absoluta de que um novo sangramento não possa acontecer.
“[O procedimento] é feito para colocar uma espécie de cola nessas artérias que ficam na parte mais superficial do cérebro, não propriamente no cérebro, que ele evita ele diminui a chance do paciente ter um novo sangramento de origem venosa”, explica o médico.
“Você coloca uma cola e essa cola evita o que haja uma ‘neogiogênese’, ou seja, a proliferação dos vasos sanguíneos que vão nutrir uma recorrência desse sangramento em potencial”, prossegue.
Lula deu entrada na unidade do hospital Sírio Libanês em Brasília na segunda-feira (9), após sentir incômodos na região da cabeça.
O presidente foi submetido a exames de imagem que mostraram a existência de uma hemorragia intracraniana.